Em todos os livros de Rohden, principalmente os
editados nas últimas décadas antes de seu falecimento, é invariável a observação
referente a diferença de sentido entre as palavras "criar" e
“crear". Na advertência abaixo, devemos
considerar e compreender melhor o sentido dessa diferença. Não se trata de
nenhuma forma de esnobismo do autor, e muito menos em ser preconceituoso contra
pessoas de diferentes níveis de instrução e educação, mas sim na clareza da
compreensão das regras da língua portuguesa.
Segundo Rohden, "a substituição da tradicional
palavra latina crear pela forma moderna (neologismo) criar é aceitável em nível
de cultura primária (do pensamento comum), porque favorece a alfabetização e
dispensa esforço mental - mas não é aceitável em nível de cultura superior (da
idéia de uma compreensão mais correta), porque deturpa o pensamento.
Crear é a manifestação da
Essência em forma de existência - criar é a transição de uma
existência para outra existência.
--- O Poder Infinito é o creador do Universo
- um fazendeiro é criador de gado.
--- Há entre os homens gênios creadores,
embora não sejam talvez criadores.
A conhecida lei de Lavoisier diz que "na natureza
nada se crea e nada se aniquila, tudo se transforma", se grafarmos "nada se
crea", esta lei está certa mas se escrevermos "nada se cria", ela resulta
totalmente falsa.
Por isto, preferimos a verdade e a clareza do
pensamento a quaisquer convenções acadêmicas”.
Consequentemente, a partir dessa explicação, o
leitor poderá melhor compreender e assimilar a diferença entre essas duas
palavras.