Thursday 7 November 2019

A MUDANÇA CLIMÁTICA DURANTE O MEU TEMPO

As previsões alarmantes das últimas décadas sobre a questão das mudanças climáticas, assumiram nos dias de hoje, discussões e manifestações de todos os tipos, mas que no entanto, não conseguem abrir os olhos dos que não querem ver; é como uma nuvem de poluição mental, e via de regra, os cegos à essa situação, são a vasta maioria dos políticos coniventes com o status quo, cientistas acomodados que apenas exigem provas convincentes, passadas em cartórios com a devida aprovação dos grandes cientistas mundiais e magazines científicas, e até mesmo aprovação eclesiástica para atestar essas mudanças; o exercício da intuição na ciência, ainda é privilégio de poucos... diria Einstein! E assim, contribuindo ainda mais com a devastação, a massa amorfa de cidadãos que se arrastam pelas planícies estéreis de suas ignorâncias e mediocridades.
O dia 4 de outubro de 1957 marcou o início da Era Espacial, com o lançamento do bem-sucedido Sputnik, primeiro satélite artificial colocado na órbita terrestre. Muito modesto quando comparado aos padrões atuais, o Sputnik dava o pontapé inicial para a exploração e descoberta do Espaço e que hoje contribui para os milhões de toneladas de lixo em forma de fantásticas máquinas circundando o orbe terrestre.
Nessa época, aos 10 anos de idade, e movido pelo grande alarde em cima dessa primeira aventura espacial, eu gostava de passar algumas horas de noite, deitado no quintal de minha casa em São Paulo, Brasil, admirando a viagem desse brilhante ponto cruzando vagarosamente o zênite. Isto é, quando as noites raramente estreladas daquela grande cidade, deixavam ver a peregrinação desse pontinho de luz. Via de regra, elas eram cobertas por uma fina garoa que se precipitava pela cidade e arredores. São Paulo era famosa pela garoa, e isso se tornou um chavão histórico, mas que teve uma vida efêmera. A garoa desapareceu do cenário da cidade poucos anos depois, justamente motivada pelo avanço da devastação do meio ambiente em todo o país.
Para minha surpresa, aos 47 anos de idade, voltei a ver novamente a garoa, mas em Sydney, Austrália, para onde passei a viver. No entanto, essa mesma garoa aqui, reluta a aparecer. Se não é a neblina misturada pela fumaça das queimadas, da poluição, são os ventos trazendo a areia do deserto ou até mesmo tempestades dessa areia cobrindo o céu com uma tênue cor amarelo avermelhada.
Em tão pouco tempo, diria 60 anos, o estrago feito ao planeta pela ganância humana, não vem sensibilizando os donos do poder e nem mesmo as massas. Como não sou um cientista, mas observador dos fatos, e agente do alerta, creio que nem mesmo a Revolução Industrial na Inglaterra em suas duas etapas, que durou perto de 70 anos, causou tamanha destruição. E nem por isso a Inglaterra, que sofreu a destruição do meio ambiente em seu próprio país, se manifesta abertamente contra o que causou... não serviu de exemplo para o mundo!
A cultura da devastação virou endêmica.
E com isso, me faz pensar que a humanidade que se conhece hoje, não é, de forma alguma, "feita à imagem e semelhança de Deus," a que se refere o Gênesis. Não se pode ver no homem, a "coroa da creação" - nesse animal bípede ligeiramente intelectualizado do pescoço para cima, cuja inteligência, o tornou o mais perigoso animal do planeta Terra. A intelectualização do instinto fez do homem um monstro de ganância e agressividade, cujas garras e dentes se aperfeiçoaram na forma de armas de destruição em massa e consequentemente do meio ambiente; essa intelectualização fez do homem uma repugnante caricatura de sexualismo libertino e um inferno de doenças físicas e mentais, que nenhum outro animal não humano conhece ou experienciou.
De vez em quando, aparece algum ser humano individual que lembra um reflexo da razão - mas esse humano representa uma parcela infinitesimal da humanidade total.
E surgiu como um espalhafato... uma jovenzinha tímida de apenas 16 anos, sueca de nascimento, mas uma cidadã global de nome Greta Thunberg, que veio tentar despertar do sono secular os sábios anciãos modorrentos e carcomidos pelos vermes do status quo, que sonolentos, tentam refutar e ainda exigindo provas, de que o meio ambiente do planeta, está mudando!
Para adicionar mais disparate em toda essa questão, sobe ao palanque mais um político do status quo, o Sr. Scott Morrison, o primeiro ministro australiano, criticando a postura da jovenzinha tímida, afirmando que essas críticas e alertas feitas por ela, só vão intensificar na mente da juventude mundial, uma expectativa e ansiedade maléfica quanto ao futuro!
Mas ele é só um político... falta conhecimento de Filosofia, na qual a Psicologia está inserida, ou convenientemente esquece desses conceitos para satisfazer o interesse de seu grupo. No jovem, quando o relógio do ego e do livre arbítrio despertam, nada mais para a batida dessas horas. Uma mente jovem já sabe discernir o certo do errado. E por mais que se critique as posturas da juventude, suas mentes não estão alienadas. A vasta maioria pode até estar, pois elas são um produto do sistema. De acordo com a nossa pseudocultura padronizada por esse sistema, do qual o Sr. Morrison é um dos agentes que pensam que ninguém tem mais o direito de ser ele mesmo, mas que tem que se tornar os que os outros são. A idolatria das deslumbrantes vacuidades atingiu o seu clímax diante de tanta profana popularidade na cultura do chamado homem moderno, que mostra que ele abdicou da sua personalidade e se tornou uma figura amorfa no meio da massa amorfa e que vive apenas o vazio de uma vida muito agitada.
Mas existe o despertar!
Os fantoches fazem um jogo de cena, mas detrás do fantoche tem uma mão de consciência hábil que os manipula. E existem muitas mãos hábeis... onde os príncipes deste mundo não tem poder.
Recentemente, enquanto postava artigos no meu blog, li uma interessante advertência da cientista pesquisadora em abrupta mudança de clima, a professora Katrin J Meissner, da renomada Universidade da Nova Gales do Sul, na Austrália, que por mais de 20 anos vem estudando mudanças climáticas, afirmando que esse fenômeno é um fato, baseado em equações e dados científicos... ciência pura e não ficção política!
Segundo essa cientista, as concentrações de CO2 estão aumentando em proporções alarmantes, que é de 10 a 100 vezes mais rápidas do que em qualquer outro momento da história da humanidade, isto é, dos últimos três milhões de anos, quando os primeiros humanos estavam peregrinando sobre a Terra. E que consequências catastróficas se aproximam com a mesma velocidade, haja vista o grande número de espécies vivas que estão se extinguindo no planeta.
Como fazemos parte de todo um ecossistema para nossa sobrevivência, a destruição desse ecossistema, representa a destruição da vida humana na Terra também!
E ela adverte: "A questão não é de acreditar em mudanças climáticas, mas de entender essas mudanças. Greta Thunberg é apenas uma mensageira, e que não importa o que pensemos sobre ela, o que importa é que devemos agir agora, sem mais perdas de tempo," concluindo com um veemente pedido: "não crucifiquem a mensageira."
"O futuro depende do que fazemos hoje". Mahatma Gandhi

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