“A mais sábia atitude 
diante das diferenças entre os seres humanos é a da aceitação, aceitando as 
pessoas como elas são, pois aceitando, vivemos o céu; rejeitando, o 
inferno”.
Dizer que alguém é 
tolerante diante de outras religiões ou filosofias, não é louvor, é censura. 
O homem pode ser tolerante: 
1) ou por ser de absoluta 
indiferença diante da existência de um mundo superior; 
2) ou por desdenhar de maneira 
arrogante as idéias dos outros. 
Mas, quando o homem compreende a 
Verdade Universal, ele deixa de ser simplesmente tolerante; sabe que a Verdade é 
uma só, mas que muitos são os caminhos que conduzem a essa meta final – assim 
como muitos são os afluentes, de águas límpidas ou turvas, que se lançam ao 
Amazonas, a qual se afunda na imensidade do oceano; compreende que cada homem 
tem que seguir o caminho adaptado à sua personalidade e caráter peculiar.  Sabe 
que alguns dos seus companheiros de jornada estão no marco 10, outros no 20, 
outros no 50 da estrada – mas que importa?
E eu mesmo, em que ponto estou?  
No marco 20, 70, 90?  Esteja eu onde estiver, o certo é que há muitos viajores 
abaixo e muitos acima de mim.  Por isto, eu não apenas “tolero” os meus 
companheiros rumo ao Infinito, eu os compreendo e aprovo; sei que estão comigo 
na mesma direção.  Mesmo que alguns deles estejam ainda ziguezagueando, 
incertos, para a direita e para a esquerda, que importa?  O erro também é aliado 
da verdade; um dia, também eles entrarão na linha reta e iniciarão a sua 
ascensão.  O que eu posso fazer por eles é prosseguir em linha reta e ser tão 
bom e feliz de maneira que eles também tenham o desejo de seguir o mesmo 
caminho.
Texto extraído do livro Ídolos ou Ideal? 
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