Monday 23 March 2020

MOISÉS E JESUS – PRECURSORES DA NOVA HUMANIDADE

Nos livros sacros do antigo e do Novo Testamento, no Genesis e no Evangelho, encontramos dois homens que poderiam se considerados como autênticos precursores da Nova Humanidade: Moisés e Jesus.
Parece que o homem perfeito não pode ser vítima de doenças e de uma morte compulsória, e sabemos que nenhum desses dois homens foi vítima de doenças, e nenhum deles sucumbiu a uma morte compulsória.
Moises, segundo a Bíblia, viveu 120 anos “em plena juventude”; e depois disso transformou seu corpo material em corpo astral.
A história não faz referência à nenhuma doença que possa ter afetado Jesus, e ele afirma repetidas vezes que ninguém pode lhe tirar a vida, que ele mesmo, voluntariamente, depõe a sua vida quando ele quer, e a retoma quando quer, como realmente aconteceu.
Esses dois representantes da Nova Humanidade, pelo modo como viviam, estavam interessados em mostrar o caminho que pode preludiar o homem perfeito, mas que a condição fundamental para isso é que o homem realize uma evolução em absoluta fidelidade com as Leis Cósmicas. A rebeldia contra essas leis produz estagnação, e mesmo involução. Está no poder do livre-arbítrio ser fiel ou infiel à essas leis eternas.  
Segundo Moisés e Jesus, são dois os fatores que impedem o homem de realizar a sua evolução ascensional: luxúria e ganância.
O Genesis lança a terrível maldição ao abuso do sexo, “Maldita seja a terra por tua causa”; ao passo que Jesus, no Evangelho, exclui do Reino dos Céus todo homem que abuse da propriedade, “Mais fácil é um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus... Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Estas maldições: a luxúria e a ganância visam remover os dois maiores impedimentos ao advento da Nova Humanidade. A luxúria, porque é tão intenso o instinto sexual no homem, quase que incontrolável, que ele vive vinte e quatro horas no cio, e com a mesma intensidade, o seu desejo de ter materialidades, e ter cada vez mais, não importando se com isso, produz a miséria de muitos outros humanos.
Em toda natureza há meios para certos fins; quem usa os meios por causa de si mesmos, e não por causa do fim, obstrui o caminho ascensional da evolução. Mas quem usa os meios como fins e não por causa desses fins, abre o caminho correto para uma evolução superior.
Moisés e Jesus, esses dois precursores da Nova Humanidade, falam em nome do homem perfeito e convidam a dar o primeiro passo ao advento do Reino de Deus sobre a terra, pela obediência às Leis da Natureza.
O ser humano de hoje, à exceção de poucos, não iniciou ainda o prelúdio para essa Nova Humanidade, totalmente escravizados que são pelo abuso do sexo, ganância e de outras mesquinhas aspirações que obstruem o caminho do seu evolver. Em última análise, todo o caos e toda a dolorosa problemática humana de hoje provém da não observância das Leis da Natureza, que só aceitam meios por causa dos fins, e não meios autônomos, isolados, que nada adicionam e não determinam um fim, que permanecem estagnados e não promovem um evolver, portanto, perdendo a conexão do destino cósmico da humanidade, e é por essa razão que estamos diante de uma frustração existencial e perda de identidade nesse período escuro e problemático em que vivemos. O querer (prazer) só é legítimo quando subordinado ao dever (fim); pois todo o querer por causa do querer é idolatria e converte a realização existencial em frustração existencial.
Texto revisado extraído do livro A Nova Humanidade

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