Monday 25 April 2016

DAS PROFUNDEZAS DA ALMA


 Nenhum homem neste mundo viveu uma vida tão abundante, como Jesus, o Cristo, apesar de que algumas literaturas religiosas querem nos fazer acreditar que ele somente levou uma vida de misérias e sofrimentos.  Os sofrimentos físicos de Jesus durante os seus 33 anos de vida, não passaram de 15 horas, horas essas que foram 100% aceitas voluntariamente.  Os seus aborrecimentos morais vieram constantemente iluminados pela consciência da grande missão que o trouxe na Terra, dando a esse sofrimento um halo de divina poesia e profunda felicidade.  “Eu lhes dou a minha paz, eu os deixo com a minha paz – ele disse na véspera de sua morte – de tal maneira que minha alegria esteja em vocês e suas alegrias sejam perfeitas”.
 
Aquele que fala das profundezas da alma, tem vida abundante e pode fazer essa vida transbordar nas almas humanas receptivas à essa abundância.  E a vida de Jesus foi abundante não somente em espírito, mas também de corpo e mente:  perfeita santidade, sabedoria e sanidade, perfeita felicidade de alma através do amor, da mente, através do conhecimento de todas as leis da Natureza e do corpo, graças a uma saúde que nunca foi afetada pela mais leve doença.  Jesus mesmo tinha esse procedimento com seus discípulos.
 
Não é possível passar direto do estado de profanidade para o estado crístico, sem antes passar pelo estado ascético e da auto-disciplina.
 
Sendo que o homem comum é mais materialista do que espiritual, é natural que os mestres da vida espiritual sejam determinados ascetas, insistindo grandemente na necessidade da renúncia, do radical desapego das coisas materiais e dos prazeres dos sentidos que escravizam o homem comum.

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