Friday 24 July 2020

INSTITUTIONALIZED FAITH


--- What is a church, a religious congregation, a cult, a sect?
In many cases, it is a funeral procession that carries the dead faith to the tomb. Faith can only live and thrive in an environment of spontaneous freedom and unimpeded expansion. Spirit of institutionalized faith ceased to be spirit. Faith institutionalized by any official bureaucratic body is at best a corpse of faith, but not a lively and dynamic faith. The written bureaucratization of faith is the death of the spirit of that faith.
Man has the faith he can have, according to the state of his spiritual evolution; but he does not have the faith he must have, according to the articles and paragraphs of his church. No one can persuade me to have this or that faith, because faith is the expression of my inner conviction and this conviction is the result of my personal experience with God, of my direct and intimate encounter with the Infinite, the Absolute, the Eternal.
All the so-called institutions bearing the emblem of some church and claiming to be religious, which impose an obligatory faith or a standardized creed, are mummy factories, the nursery of hypocrites, practising in the minds of their followers, spiritual rape.
It is possible that, for some time, faith tolerates the bureaucratic infirmity of these institutions, but if this kind of behaviour continues for a long time and becomes chronic, faith itself will eventually, fall ill and die, because it has identified with the dogmatic, political, police, social, and financial interests of its ecclesiastical society*.
--- So, should there be no visible church?
There will never cease to exist a visible church for evolving humans, wherever there is a group of men with spiritual intent - as there will never cease to exist plant seeds where there is a powerful principle of life. However, it is not the body of a man that creates the soul, but it is the soul that creates the body.
Wherever there exist two or three spiritual men, sooner or later the affinity of spirit, the identity of ideas, the symphony of ideals will reveal among them - and there will arise among them the "communion of the saints," growing spontaneously from the inside out. The intimate nature of spirituality is to be social, communicative since the spirit is love and love is not isolating but associative.
The spiritual man will never, for long, be a solitary, antisocial, centrifugal man, opposed to the assembly or religious congregation. But he avoids the common error of wanting to derive effects from the cause rather than deriving the cause from the effects. Whenever the dead letter - in this case, the simple ecclesiastical bureaucracy - tries to create the life-giving spirit, it will eventually succumb fatally asphyxiated by this ecclesiastical bureaucracy - but if the spirit, alive and life-giving can guide the dead letter, even this one will no longer be dead, because it will participate in the divine life of the spirit.
The true church is not like a Christmas tree, without an inner life, though with many external embellishments - the true church is like a living plant which, from its intrinsic vitality, produces its effects. It is better the more humble and little plant full of life of its own than the most dazzling tree adorned with fictitious sequins, without real life.
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* This identification, this blind, uncompromising obedience, with a certain faith, where the practitioner considers itself the possessor of all religious truths, this so-called clerical selfishness - defended in the name of holiness - is what has led, from many centuries until today, to the fanaticism, clerical selfishness, wars between religions, terrorism and consequently the disrepute that all churches face - in front of the truly spiritual man - for the intransigence, dogmatism, ignorance and the reluctance of their leaders.

Thursday 23 July 2020

PURIFICA-TE!

Nada é impuro por si mesmo, porque tudo vem da Infinita Pureza.
Mas o ser consciente e livre pode perder a natural pureza e tornar-se impuro - pelo abuso da sua liberdade.
A impureza moral chama-se egoísmo.
Todo pecado é, em última análise, egoísmo - como toda santidade é amor.
E egoísmo é ignorância, erro, confusão.
O egoísta toma o seu pseudo eu, a sua personalidade, por seu verdadeiro e profundo Eu divino.
O pseudo eu, que o ser humano descobre em si, no mais baixo estágio de sua evolução espiritual, é o eu físico, ou seja, o seu corpo grosseiramente material. Quando o ser humano diz: -"eu estou doente", identifica falsamente o seu ego como sendo o seu invólucro físico.
Enquanto não ultrapassarmos esse estágio de evolução meramente sensitivo, colocamos o nosso ego físico, o corpo e seus apetites - fome, sede, prazeres sensuais - como centro e sol de nossas vidas, em torno do qual girarão todos os planetas dos nossos pensamentos e de nossa vida cotidiana.
Alguns ultrapassam essa fronteira e descobrem o seu eu mental, ou seja, o mundo da inteligência, que se revela em ciência, técnicas, etc. E então todas as suas atividades giram em torno desse novo sol, mesmo com o sacrifício do seu eu físico. Descobrir os segredos da natureza é, para esses cultores do intelecto, o culto máximo que conhecem, como é, para os idólatras do corpo, a satisfação dos sentidos.
Mas, nem estes e nem aqueles atingiram o verdadeiro Eu, conhecendo apenas as camadas periféricas da sua natureza humana, o falso eu físico-mental.
Ora, tanto o eu físico como o eu mental são essencialmente egocêntricos, porque nada percebem do mundo universal, que gera altruísmo e amor.
Os seres não humanos também são egoístas, mas graças aos seus diferentes graus de consciência, o egoísmo deles é inofensivo pois este se acha circunscrito à sua dimensão, faz parte de suas naturezas, e de acordo aos planos das Potências Cósmicas.
O egoísmo intelectualizado, porém, é praticamente ilimitado.
O intelecto é muito poderoso e amplia o âmbito da egolatria, mas não é bastante vasto para controlar esse egoísmo mental pelo altruísmo espiritual.
Por essa razão, nenhum ser humano que conhece apenas o seu ego físico-mental pode deixar de ser egoísta.
O egoísmo, por ser o avesso do amor, torna a convivência social impossível ou a transforma numa constante guerra de todos contra todos.
A fim de manter esse inevitável conflito social dentro de certos limites toleráveis, é que foram criados os "governos" de diversos tipos.
Mas a lei imposta compulsoriamente, além de ser um expediente incerto e precário, escraviza o ser humano, obrigando-o a fazer forçado o que espontaneamente não faria.
O resultado final de toda lei cumprida por meio do medo e coação é a formação de seres humanos escravos e hipócritas; pois, se, com medo das sanções da lei, obedeço a lei, me reduzo a um escravo sob o chicote de um ditador.
Mas nem a desobediência nem a obediência compulsória me purificam - ambas me deixam moralmente impuro, embora a obediência à lei me faça legalmente puro.
O único modo de obedecer à lei sem me escravizar e me tornar impuro é aceitar livre e espontaneamente aquilo que a lei me impõe compulsoriamente.
--- Mas, como posso aceitar espontaneamente o conteúdo da lei?
Compreendendo e amando a lei como boa e salutar, pois a verdadeira finalidade da lei não é a escravidão, mas a liberdade. Se com as leis impostas por todos os governos, a humanidade vive um caos, imaginem como estaríamos sem a imposição da lei!
Entretanto, ninguém pode compreender e amar a lei como boa e salutar sem que primeiro descubra o seu verdadeiro Eu, a sua alma espiritual.
A lei moral nunca escraviza a alma, embora seja por vezes dolorosa ao corpo e à mente.
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" ... dizia aquele que compreendia e amava a lei como um guia ao mais alto.
Descobrir a alma é a mais difícil de todas as descobertas - é mais fácil empreender viagens siderais no vasto Universo do que penetrar no misterioso núcleo do próprio Eu essencial e divino.
As viagens centrifugas dependem de recursos físico-mentais - mas a viagem centrípeta supõe forças espirituais, que a maioria dos seres humanos ainda não descobriu ou não sabe utilizar devidamente.
O descobrimento e a captação dessas energias latentes do Eu central é o resultado de longos anos, séculos e mesmo milênios de intensa e persistente disciplina, pois "estreito é o caminho e apertada é a porta que conduzem à vida eterna" ...
Daí, a urgente necessidade que o homem deve ter de buscar, de se purificar, de se libertar da ilusão tradicional sobre o seu eu físico-mental, que é advogado do egoísmo, que é impureza, e o verdadeiro Eu, profundo, espiritual e divino, é arauto do altruísmo, do amor, que é pureza e perfeita santidade!
Texto revisado, extraído do livro Imperativos da Vida

Wednesday 15 July 2020

O VERDADEIRO ASCETA

O verdadeiro asceta, ou aquele que leva uma vida austera e simples, que se abstém dos prazeres normais da vida ou se nega a qualquer tipo de satisfação material, não esconde nada nem tem nada para guardar ou reservar para si.

As raposas têm tocas e pássaros têm ninhos, mas o Filho de Deus não tem um único lugar para chamar de seu. Todo lugar é seu; a superfície da terra em qualquer lugar é sua cama e seu travesseiro é seu braço; as árvores o abrigam das intempéries, a lua sua lanterna; e tudo o que ele conhece são seus irmãos e irmãs, pai e mãe, e que lhe fornecem alimento. A palma da sua mão é o prato e qualquer pano que encontrar no caminho é sua vestimenta. Nunca se preocupa com a ideia do que comer, beber ou o que vestir. Nunca! Seu Pai Eterno conhece sua necessidade por essas coisas; ele apenas guarda pensamentos para seu Pai e para a essência de seu Ser, o Reino de Deus dentro de si e sabe que todas essas coisas lhe são concedidas.
Uma verdadeira vida ascética não é perturbada pela paixão sexual, e quanto ao dinheiro, nunca menciona ou quer. Quando o verdadeiro asceta se realiza na essência de seu Ser, um estado de pleno gozo definitivamente brota. Então, nada resta a desejar ou alcançar.
Foi nessa atmosfera de pura espiritualidade que Maharshi começou sua vida de peregrinação, conhecimento, sabedoria e auto-realização.
Já famoso em 1913, vivendo na caverna de Virupaksha, cercado por discípulos, curiosos e visitantes, foi visitado por um estudante de pós-graduação em filosofia, M. Sivaprakasam Pillai, que acabou se tornando um devoto ardente que dedicou o resto de sua vida a meditar nos ensinamentos de Maharshi. Durante seus dias de faculdade, a questão da personalidade (a questão de “Quem sou eu?”), surgiu no curso de seus estudos, mas não buscou a resposta com a devida insistência.
Certa vez, Pillai foi visitar Maharshi e esperou pacientemente até que ele conseguisse a entrevista, de maneira que o Swami o guiasse e instruísse. Fez algumas perguntas, inclusive aquela que o intrigava tanto. Mas naquele momento, Maharshi estava exercitando o silêncio. Portanto, às vezes as perguntas eram respondidas com gestos ou, quando não eram entendidas, eram escritas no chão e Pillai as copiava imediatamente no papel.
Quando Pillai resolveu retornar à sua aldeia, algo notável aconteceu. Sentado perto de Maharshi, ele teve uma visão estranha: o rosto do Swami não era mais um rosto humano normal. Uma aura deslumbrante o cercou. De repente, uma imagem de um ser dourado gradualmente começou a emergir de sua cabeça e logo depois voltou a imergir. O Swami estava cercado por uma aura que era tão intensa quanto ao brilho de várias luas cheias. Seu corpo brilhava dourado como o sol da manhã e estava coberto de cinzas sagradas! A misericórdia brilhava em seus olhos e, no final, seu corpo parecia ser uma massa de cristal.
Pillai não pode conter mais as emoções e ficou profundamente abalado com essa súbita prova da existência de um poder superior. Seu coração se encheu de alegria; seus olhos derramaram lágrimas de êxtase, e soluçou incapaz de expressar o que sentia.
Pillai foi o devoto que fez a Bhagavan a importante pergunta: “Quem sou eu?” e reteve as respostas. Esse tesouro oculto de sabedoria agora guia incontáveis pessoas em todo o mundo.
A partir disso, se pode deduzir que Maharshi tem uma personalidade poderosa e magnética, mas o poder e o magnetismo não provêm dele, mas do Ser eterno que habita nele, de tal maneira que, permanecendo com ele por um tempo, alguém pode  mudar sua personalidade, vida, hábitos e instintos, e por sua graça se pode receber fé em Deus de maneira verdadeira e tangível, como ao receber nas mãos, um fruto ou um livro.
Abaixo, as quatorze perguntas de Pillai e as respostas do Swami:

P - Swami, quem sou eu? Como a salvação é alcançada?
M - Ao persistentemente permitir que a pergunta “Quem sou eu” se estabeleça dentro de você, você conhecerá o seu verdadeiro Eu e assim alcançará a salvação.
P - Quem sou eu?
M - O verdadeiro “eu” ou o verdadeiro Ser não é o corpo, nem nenhum dos cinco sentidos, nem o senso de percepção dos objetos, nem os órgãos de ação, nem a respiração ou energia vital, nem a mente, nem mesmo o estado de sono profundo, onde não há conhecimento deles.
P - Se eu não sou um desses, o que mais eu sou?
M - Depois de excluir cada uma das opções acima, dizendo “Este não sou eu”, o que resta é apenas “eu”, e isso é consciência.
P - Qual é a natureza dessa consciência?
M - É a realidade-consciência-felicidade, onde não há nem o menor traço da ideia de um “eu”. Isso também é chamado de Silêncio ou Silêncio-quietude, ou “Stillness” em inglês, sinônimo da experiência sem pensamentos do Ser imortal, a única coisa que existe e que podemos conhecer através da consciência. Os três, o mundo, o ego e o Deus pessoal, se são considerados entidades separadas, são meras ilusões, assim como na madrepérola, a prata parece brilhar. Mas Deus, o ego e o mundo são o mesmo Real em sua forma natural.
P - Como realizamos o Real?
M - Quando objetos externos desaparecem, o vidente, ou sujeito, realiza sua verdadeira natureza (ele descobre, em si mesmo, o Real, o Absoluto).
P - Não podemos perceber essa verdadeira natureza enquanto vemos objetos simultaneamente?
M - Não. Porque o vidente (o noúmeno) e o que se vê (os fenômenos), são como uma corda que tem a aparência de uma cobra. A menos que se livre da ilusão da cobra, não se pode acreditar que o que existe é apenas uma corda.
P - Quando os objetos externos desaparecerão?
M - Se a mente, que é a causa de todos os pensamentos e atividades, silenciar, os objetos externos desaparecerão.
P - Qual é a natureza da mente?
M - A mente é pensamento, uma forma de energia. Manifesta-se como objetos, i.e., o mundo. Quando a mente se volta para as profundezas do Ser, que é a sua verdadeira natureza, então o Ser é realizado no sujeito. Quando os pensamentos aparecem, também o mundo aparece e o Ser essencial não é realizado no sujeito*.
P - Como a mente silenciará?
M - Apenas persistindo na pergunta “Quem sou eu?” Embora essa indagação seja apenas uma operação mental, ela destrói todas as operações mentais, inclusive ela mesma, assim como o bastão com o qual uma pira funerária é acesa e queimado junto com a pira. Em seguida, alcançamos conhecimento ou autorrealização do Ser. Posteriormente, o pensamento “eu” (a personalidade) se dissolve; a respiração e outras atividades vitais são restringidas. Tanto a personalidade quanto a respiração, ou seja, a energia vital, têm origem na mesma fonte. Qualquer atividade que se faça, sem egoísmo, sem o sentimento de que “estou fazendo isso”, nesse estado, até a esposa é vista como a Mãe do Universo. A verdadeira devoção é a submissão do ego ao Ser essencial.
P - Não existem outros métodos para fazer a mente silenciar?
M - Exceto para indagação, não há outro método adequado. Se a mente silencia por outros meios e assim permanecendo por algum tempo, logo desperta e retorna à sua atividade anterior.
P: Quando esses instintos, autopreservação e outras tendências latentes da mente serão subjugados?
M - Quanto mais você se afasta do eu personal e se envolve no Ser profundo, mais deixam de ter valor e, finalmente, desaparecem.
P - É possível erradicar todas essas tendências, que foram impregnadas em nossas mentes através de numerosas encarnações?
M - Nunca dê espaço a tais dúvidas. Em vez disso, mantenha a firme determinação de mergulhar no Ser. A mente, constantemente dirigida para a indagação mencionada, se dissolve e finalmente se integra ao Ser. Sempre que sentir alguma dúvida, não tente esclarecê-la; mas tenta encontrar aquele que sente a dúvida.
P - Por quanto tempo essa indagação deve continuar?
M - Enquanto ainda houver resquícios da tendência mental em criar pensamentos, a indagação será necessária. Enquanto seus inimigos ocuparem uma cidadela, mais inimigos continuarão a aparecer. Se você os aniquilar, um por um, a cidadela será recapturada finalmente. Da mesma forma, toda vez que os pensamentos aparecerem, aniquile-os com a referida indagação. Esse processo de aniquilar todos os pensamentos quando eles nascem é chamado sobriedade, desapego ou renúncia. Portanto, a indagação é necessária até que a auto-realização seja alcançada, o que é necessário é um “pensamento” contínuo e ininterrupto em relação à busca do verdadeiro Ser.
P - Não é este universo inteiro, com o que nele ocorre, o resultado da vontade suprema de Deus? e se sim, por que Ele deveria fazer isso?
M - Deus não tem propósito. Ele não está preso a qualquer ação. As atividades do mundo não podem afetá-Lo. Embora o sol nasça sem nenhum desejo, propósito ou esforço, mesmo assim, imediatamente após nascer, inúmeras atividades são lançadas na terra: uma lente colocada diante de seus raios produz fogo em seu ponto focal; o broto de lótus floresce, a água evapora e cada ser vivo entra em atividade e a mantém até que finalmente se esgote. Mas o sol não é afetado por essa atividade, pois simplesmente mantém sua natureza, age por leis fixas, não tem propósito e é simplesmente uma testemunha. O mesmo vale para Deus. Novamente, é como no caso do espaço ou éter. A terra, a água, o fogo e o ar estão nela, ali se movem e ocorrem suas modificações. No entanto, nada disso afeta o éter ou o espaço. O mesmo é o caso com Deus. Deus não tem desejo ou propósito em seus atos de creação, manutenção, destruição, retirada e salvação, aos quais os seres estão sujeitos. Como os seres colhem os frutos de seus atos de acordo com Suas leis, as leis do Karma, Causa e Efeito, etc., a responsabilidade ** por tais frutos é dos seres, não com Deus. Deus não é afetado ou vinculado por nenhum ato.
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* Em relação a isso, Eckhart Tolle, professor e autor espiritual moderno, diz que: “Quando a consciência é direcionada para o exterior, a mente e o mundo surgem. Quando direcionada para o interior, ela alcança sua própria Fonte e volta para o lar, para o Não Manifestado.” - “Quando se perde contato com a quietude interior, se perde o contato consigo mesmo. Quando se perde o contato consigo mesmo, se está perdido no mundo.”
** A criação é única. É em ou após a criação do Tempo, Causa, grupos individuais e sociais, que emergem a ideia de “propósito” e “responsabilidade” (uma ideia puramente social). Não há lógica ou significado na aplicação dessas ideias àquilo que está além da criação, isto é, a Deus. Responsabilidade implica a ideia de outro. Se Deus é considerado imanente em todos, não há “outro” e, portanto, não faz sentido em falar em responsabilidade de Deus.
Texto extraído do livro SELF REALIZATION, Life and Teachings of Sri Ramana Maharshi, escrito por B. V. Narasimhaswami.

EL VERDADERO ASCETA

Un verdadero asceta, o esa persona que lleva una vida austera y sencilla, que se abstiene de los placeres normales de la vida o se niega a sí mismo cualquier tipo de satisfacción material, tampoco oculta nada ni tiene ninguna cosa que guardar o reservar para sí. 
Los zorros tienen madrigueras y los pájaros tienen nidos, pero el Hijo de Dios no tiene un solo lugar que llame suyo. Todo lugar es suyo; la superficie de la tierra en cualquier parte es su cama, y su almohada es su brazo; los árboles son sus sombrillas, la luna su linterna; y todos los que encuentra son sus hermanos y hermanas, padre y madre que le proporcionan comida. La palma de su mano es el plato y cualquier trapo que encuentre en el camino es su ropa. ¿Alguna vez le preocupa la idea de dónde va a comer? ¡Nunca! Nunca se ha preocupado en pensar qué debería beber, ni qué debería comer, ni con qué se va a vestir. Su Padre conoce la necesidad que tiene de estas cosas; él solo alberga pensamientos para su Padre y para la esencia de su Ser, el Reino de Dios en su interior, y todas esas cosas le son concedidas.
Una verdadera vida ascética no es perturbada por la pasión sexual; en cuanto al dinero, nunca lo menciona ni lo quiere. Cuando el verdadero asceta se realiza en la esencia de su Ser, un estado de pleno regocijo brota de forma definitiva. Entonces nada queda a ser deseado o alcanzado.
Fue en esta atmósfera de espiritualidad pura que Maharshi comenzó su vida de peregrinación, conocimiento, sabiduría y autorrealización.
Ya famoso en 1913, viviendo en la cueva Virupaksha, rodeado de discípulos, curiosos y visitantes, fue visitado por un estudiante graduado en filosofía, M. Sivaprakasam Pillai, quien terminó convirtiéndose en un ardiente devoto que dedicó el resto de su vida a la contemplación de las enseñanzas de Maharshi. Durante sus días de universidad, la cuestión de la personalidad (la cuestión de “¿Quién soy yo?”) surgió en el curso de sus estudios, pero no fue entonces que la perseguiría con vehemencia.
Un día Pillai fue a visitar a Maharshi y esperó pacientemente hasta que consiguió suplicarle que lo guiara e instruyera. También le hizo algunas preguntas al Swami en relación con la cuestión mencionada anteriormente. En ese entonces Maharshi se encontraba observando silencio. Por lo tanto, las preguntas a veces se respondían con gestos, o cuando estos no se entendían, se escribían en el piso y Pillai las copiaba inmediatamente en papel.
Cuando Pillai estaba pensando en regresar a su pueblo, sucedió algo notable. Estando sentado cerca de Maharshi tuvo una visión extraña: la cara del Swami dejó de ser una cara humana normal. Un aura deslumbrante lo rodeaba. De repente, un niño dorado comenzó a emerger de su cabeza gradualmente y, poco después, se volvió a entrar. El Swami estaba rodeado por un halo que era tan intenso como el de varias lunas llenas juntas. ¡Su cuerpo brillaba dorado como el sol de la mañana y estaba cubierto de cenizas sagradas! De sus ojos brillaba misericordia y, al final, parecía que su cuerpo era una masa de cristal.
Pillai no pudo aguantar más. Se sintió profundamente agitado ante esta repentina prueba de la existencia de un poder superior benigno. Su corazón se llenó de emoción; sus ojos derramaron lágrimas de éxtasis, y sollozó incapaz de expresar lo que sentía. 
Pillai fue el afortunado devoto quien le hizo a Bhagavan la importante pregunta "¿Quién soy yo?" y conservó sus respuestas. Este tesoro oculto de sabiduría ahora guía a innumerables buscadores en todo el mundo. 
De esto se infiere que el Swami tiene una personalidad poderosa y magnética, pero el poder y el magnetismo no provienen de él, sino que provienen del Ser eterno, de tal forma que, al quedarse con él por un tiempo, una persona puede cambiar su vida, hábitos e instintos, y por su gracia uno puede recibir la fe en Dios de un modo tan cierto y tangible, como cuando se recibe una fruta o un libro.
A continuación, se exponen las catorce preguntas y las respuestas del Swami:

P - Swami, ¿Quién soy yo? ¿Cómo se alcanza la salvación?
M - Al dejar, persistentemente, que se asiente dentro de ti el interrogante “Quién soy yo”, conocerás tu verdadero Ser y así lograrás la salvación.
P - ¿Quién soy yo?
M - El verdadero “yo” o verdadero Ser no es ni el cuerpo, ni ninguno de los cinco sentidos, ni el sentido de percepción de los objetos, ni los órganos de acción, ni la respiración o energía vital, ni la mente, ni siquiera el estado de sueño profundo donde no hay conocimiento de aquellos.
P - Si no soy ninguno de esos, ¿qué otra cosa soy?
M - Después de excluir cada uno de los anteriores, diciendo “Esto no soy yo”, lo que queda solo es “yo”, y eso es conciencia.
P - ¿Cuál es la naturaleza de esa conciencia?
M - Es la realidad-consciencia-felicidad, donde ni siquiera hay el más mínimo rastro en absoluto de la idea de un “yo”. Esto también se llama Silencio o quietud-silenciosa, o “Stillness” en inglés, sinónimo de la experiencia sin pensamientos, del Ser inmortal, lo único que existe y que podemos conocer a través de la conciencia. Los tres, el mundo, el ego y el Dios personal, si se consideran entidades separadas, son meras ilusiones, así como en la madreperla parece brillar la plata. Pero Dios, el ego y el mundo son el mismo uno Real en su forma natural.
P - ¿Cómo hacemos para darnos cuenta de lo Real?
M - Cuando los objetos externos se desvanecen, el vidente, o sujeto, realiza su verdadera naturaleza (descubre, en sí mismo, lo Real, lo Absoluto).
P - ¿No podemos darnos cuenta de esa verdadera naturaleza mientras simultáneamente vemos objetos?
M - No. Porque el vidente (el noúmeno) y lo visto (los fenómenos) son como la cuerda y la apariencia que tenga de una serpiente. A menos que te deshagas de la ilusión superpuesta de la serpiente, no puedes creer que lo que existe es solo una cuerda.
P - ¿Cuándo se desvanecerán los objetos externos?
M - Si la mente, que es la causa de todos los pensamientos y actividades, se desvanece, los objetos externos se desvanecerán también.
P - ¿Cuál es la naturaleza de la mente?
M - La mente es meramente pensamientos. Es una forma de energía. Se manifiesta como objetos (es decir, el mundo). Cuando la mente se vuelve hacia las profundidades del Ser, su verdadera naturaleza, entonces el Ser se realiza en el sujeto. Cuando la mente se vierte hacia afuera, aparece el mundo y el Ser esencial no se realiza en el sujeto*.
P - ¿Cómo se desvanecerá la mente?
M - Solo persistiendo en la cuestión “¿Quién soy yo?” Aunque esta indagación sea solo una operación mental, destruye todas las operaciones mentales, incluso a sí mismo, del mismo modo como el palo con el que se enciende una pira funeraria se reduce a cenizas después de que la pira y el cadáver se han quemado. Entonces alcanzamos el conocimiento o la realización del Ser. Entonces el pensamiento del “yo” (la personalidad) se disuelve; la respiración y otras actividades vitales son refrenadas. Tanto la personalidad como la respiración (es decir, la energía vital) tienen una fuente común. Hagas lo que hagas, hazlo sin egoísmo, sin el sentimiento de que “yo estoy haciendo esto”. En este estado, incluso la esposa de uno es vista como la Madre del Universo. La verdadera devoción es el sometimiento del ego al Ser esencial. 
P - ¿No hay otros métodos para hacer desaparecer la mente?
M - A excepción de la indagación, no existe otro método adecuado. Si la mente se adormece por otros medios, permanece en silencio por un tiempo, pero nuevamente salta y vuelve a su actividad anterior.
P: ¿Cuándo se someterán estos instintos, la autoconservación y otras tendencias latentes de la mente?
M - Cuanto más retiras al yo y te recoges en el Ser, más palidecen y, finalmente, te dejan. 
P - ¿Es posible erradicar todas estas tendencias, que se han impregnado en nuestras mentes a través de numerosos nacimientos?
M - Nunca les des espacio a tales dudas. En cambio, quédate con la firme resolución de sumergirte en el Ser. La mente, constantemente conducida hacia la mencionada indagación, se disuelve y finalmente se integra en el Ser. Siempre que sientas alguna duda, no intentes despejarla; pero sí trata de conocer al que siente la duda.
P - ¿Cuánto tiempo se debe continuar con esta indagación?
M - Mientras haya un mínimo rastro de la tendencia mental a crear pensamientos, la indagación será necesaria. Mientras tus enemigos ocupen una ciudadela, ellos continuarán apareciendo. Si los vas aniquilando, uno a uno, a medida que van saliendo, la ciudadela será capturada por ti al final. Del mismo modo, cada vez que los pensamientos se asoman a la cabeza y aparecen, aplástalos con la referida indagación. Este proceso de aplastar todos los pensamientos en el momento que nacen se denomina sobriedad, desapego o renuncia. Por lo tanto, la indagación es necesaria hasta alcanzar en sí propio la realización del Ser. Lo que se requiere es un continuo e ininterrumpido “pensamiento” con respecto al verdadero Ser.
P - ¿No es todo este universo, con lo que ocurre allí, el resultado de la voluntad Suprema de Dios? y si es así, ¿por qué debería Él hacerlo así?
M - Dios no tiene ningún propósito. Él no está encadenado a llevar a cabo ninguna acción. Las actividades del mundo no pueden afectarlo. Aunque el sol salga sin ningún deseo, propósito o esfuerzo, aun así, inmediatamente que sale, numerosas actividades se ponen en marcha sobre la tierra: una lente que se coloque al paso de sus rayos produce fuego en su punto focal; el capullo del loto florece, el agua se evapora, y cada ser viviente entra en actividad y la mantiene hasta que finalmente se le acaba. Pero el sol no se afecta por tal actividad, ya que simplemente mantiene su naturaleza, actúa por leyes fijas, no tiene ningún propósito y es simplemente un testigo. Lo mismo pasa con Dios. Nuevamente, es como en el caso del espacio o éter. La tierra, el agua, el fuego y el aire están todos en él, allí se mueven y ocurren sus modificaciones. Sin embargo, ninguno de estos afecta al éter o espacio. Así mismo es el caso con Dios. Dios no tiene ningún deseo o propósito en sus actos de creación, mantenimiento, destrucción, retirada y salvación, a los que están sujetos los seres. A medida que los seres cosechan los frutos de sus actos de acuerdo con Sus leyes, las leyes del Karma, Causa y Efecto, etc., la responsabilidad** de tales frutos es de ellos, no de Dios. Dios no se ve afectado ni atado por ningún acto.
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* Con relación a esto, Eckhart Tolle, maestro y autor espiritual, dice: “Cuando tu conciencia se dirige hacia afuera, surgen la mente y el mundo. Cuando se dirige hacia dentro, alcanza su propia Fuente y regresa a casa, a lo No Manifestado”. - “Cuando pierdes contacto con la quietud interior (Stillness), pierdes contacto contigo mismo. Cuando pierdes contacto contigo mismo, te pierdes en el mundo”.
** La creación es única. Es en o después de la creación del Tiempo, Causa, grupos individuales y sociales, que surge la idea de “propósito” y “responsabilidad” (una idea puramente social). No hay lógica o significado al aplicar estas ideas a lo que está más allá de la creación, es decir, a Dios. La responsabilidad implica la idea de otro. Si Dios es considerado como inmanente en todos, no hay “otro” y, por lo tanto, no tiene sentido hablar de una responsabilidad de Dios.
Texto extraído del libro SELF REALIZATION, Life and Teachings of Sri Ramana Maharshi, escrito por B. V. Narasimhaswami y en colaboración con Hernán Fandiño Mariño.

Tuesday 14 July 2020

¡NO QUIERES SER RECOMPENSADO, COMPENSADO, RECORDADO!

El hombre imperfecto hace el mal.
El hombre menos que perfecto hace bien para recibir recompensa.
El hombre perfecto hace bien por bien, sin segunda intención.
Aquellos que necesitan ser recordados admiten que están enfermos o heridos.
Quien espera ser compensado reconoce que ha sufrido algún daño o pérdida, porque ha hecho el bien.
Quien espera ser recompensado por el bien que hace, confiesa que no es bueno, que es un secreto egoísta que depositó un capital en un banco para obtener un mayor interés.
Solo aquellos que hacen el bien por el bien son realmente buenos: no son egoístas, no creen que se lesionen, ni se sienten enfermos o lastimados por hacer el bien y ser buenos.
Pero, ¿cómo puedo hacer el bien sin esperar una recompensa?
No puedes, mi amigo, asumir esta actitud de desinterés y verdad absoluta, mientras vives en la ilusión de ti mismo, mientras identificas tu personalidad periférica, físico-mental, con tu Yo esencial central, con tu alma espiritual y divina.
La personalidad físico-mental, esencialmente egoísta, necesita ser compensada por los beneficios que proporciona a sus semejantes, porque parecen ser un daño para el benefactor, que busca salir ileso.
Sin embargo, el alma espiritual sabe que hacer el bien por el bien es ser íntimamente bueno, y quien sea bueno no necesita indemnización, porque posee una riqueza infinita.
Tu verdadero Yo es divino, no necesita ser recompensado, compensado, recordado: es amor, riqueza, salud.
Dios no espera recompensa de nadie, porque es Amor Puro y eterno.
Dios no quiere compensación de nadie, porque es plenitud infinita.
Nadie puede recordar a Dios, porque es una cordura perfecta.
Y tu alma, siendo Dios en ti, es Amor, Plenitud, Cordura. ¡No la degrades, por lo tanto, a un nivel más bajo que él mismo!
Descubre tu verdadero Yo divino, descubre tu alma en ti mismo, descúbrete como tu alma, y serás rico, feliz y saludable porque eres bueno.
Adquiera la firme conciencia divina de su ciudadanía cósmica, y no se engañe a sí mismo como ciudadano terrenal.
Aquí es solo un inmigrante temporal, extraño, peregrino: tu verdadera patria son los cielos, el infinito, el universo de Dios.
Tu etapa terrestre se cumple mejor aquí, ¡pero no seas esclavo de tus esclavos!
La alegría y la felicidad supremas radica en ser lo que, en el plan eterno de Dios, debes ser, ahora, aquí y en todas partes.
Los resultados tangibles de lo que eres y lo que haces no dependen de ti, así que no te preocupes por lo que está más allá de tu alcance.
No hagas que tu felicidad dependa de algo que no depende de ti.
Depende de usted ser bueno y hacer el bien; no depende de usted lo que otros hagan con tus beneficios.
Por lo tanto, no hable de “ingratitud”: quien habla de esta manera revela la impureza de sus intenciones.
El beneficiario, por supuesto, tiene la obligación moral de estar agradecido, pero el benefactor no tiene derecho a esperar gratitud.
La gratitud o la ingratitud de los demás no es parte de tu bondad.
Sé bueno, invariablemente bueno, alegremente bueno, y cierra los ojos a todo lo que pueda suceder después, más allá de los límites de tu voluntad.
Si lo hace, tendrá su cielo aquí en la tierra, y no necesita preocuparse por lo que sucederá después.
Dios es la Mayor Bondad, él sabrá qué hacer contigo, si eres bueno.
¿Cómo podría un hombre, íntimamente bueno, sufrir algo malo de Dios, que es infinitamente bueno?
¡Sé bueno y deja el resto a Dios!
“¡A cada uno según sus obras!”

Monday 13 July 2020

A ORAÇÃO É ENTREGA

É estar voltado para os braços da Divindade e fundindo-se nela. Existem diversas maneiras de orar, mas essa é a mais importante fusão. A oração peticionária, aquela que pede à Divindade para fornecer algo que você necessita, é um nível inferior de oração. Mas o mais alto nível da oração é quando se abre a alma para o brilho da eternidade, sorvendo dessa luz como se ela fosse uma fonte. É a oração sem palavras que a Divindade não ignora, porque a alma se une com essa corrente da qual toda a vida flui. Há também orações que usam palavras e conceitos, e elas se igualam a oração sem palavras. O poder de nossa oração nasce sob as asas da nossa intenção, e nada mais. É lá que devemos nos voltar se quisermos qualificar o valor do nosso louvor à Divindade. Quando nossa intenção é o amor, a oração passa então a ser o caminho que nos leva ao trono onde reside o nosso verdadeiro lar.
A oração nunca está contida nas nossas palavras, mas sim na devoção pela qual nós envolvemos nossas palavras. Sem esse amor, não importa o quão bonita a oração seja, pois fica vazia e sem vida. Foi com essa energia que o apóstolo Paulo falou quando oramos de coração, pois a sublimidade do nosso amor se mescla com as nossas orações e são levadas nas asas dos anjos que voam para o altar da Divindade. Sem amor, nossas orações são como pesos de chumbo que os anjos não conseguem transportar. São apenas deixadas sobre o solo e esquecidas, nunca sentindo a brisa suave do céu.
Texto extraído do livro The Prayer of St. Francis, por James F. Twyman

LA ORACIÓN ES ENTREGA

Es volver a los brazos de la Divinidad y fusionarse con ella. Hay varias formas de rezar, pero esta es la fusión más importante. La oración peticionaria, una que le pide a la Trinidad que le proporcione algo que necesita, es un nivel más bajo de oración. Pero el nivel más alto de oración es cuando el alma se abre al brillo de la eternidad, sorbiendo de esa luz como si fuera una fuente. Es la oración sin palabras lo que la Divinidad no ignora, porque el alma está unida con esta corriente de la que fluye toda la vida. También hay oraciones que usan palabras y conceptos, y equivalen a una oración sin palabras. El poder de nuestra oración nace bajo las alas de nuestra intención, y nada más. Es allí donde debemos girar si queremos calificar el valor de nuestra alabanza a la Divinidad. Cuando nuestra intención es el amor, la oración se convierte en el camino que nos lleva al trono donde reside nuestro verdadero hogar.
La oración nunca está contenida en nuestras palabras, sino en la devoción por la cual rodeamos nuestras palabras. Sin ese amor, no importa cuán hermosa sea la oración, porque está vacía y sin vida. Fue con esta energía que el apóstol Pablo habló cuando oramos desde el corazón, porque la sublimidad de nuestro amor se mezcla con nuestras oraciones y se llevan en las alas de los ángeles que vuelan al altar de la Divinidad. Sin amor, nuestras oraciones son como pesos de plomo que los ángeles no pueden llevar. Simplemente se dejan en el suelo y se olvidan, sin sentir nunca la suave brisa del cielo.
Extractos del libro La Oración de San Francisco, de James F. Twyman

PRAYER IS SURRENDER

It is stepping back into the arms of the Divine and melting into the embrace of the Beloved. There are so many ways to pray, but it this merging that is important. To ask God to provide something you think you do not have is the lowest level of prayer. To open the soul to the brilliance of eternity, drinking in the light of God as if it were a fountain, this is the highest. It is the wordless prayer that God cannot ignore because it unites the soul with the Divine current from which all life flows. There are also prayers that use words and concepts, and they are not less than wordless prayer. The power of our prayer is born upon the wings of our intent, and nothing else. It is there we must turn if we are to judge the worth of our song to God. When our intention is love, then prayer is the path that leads us to the throne of our true home.
Prayer is never contained by the words we speak, but by the devotion within which we enfold our words. Without this love, no matter how beautiful the prayer, it is empty and lifeless. It was this energy the Apostle Paul spoke of when we pray from our hearts, the ether of our love attaches itself to our prayer and our prayer is carried by the wings of angels to the altar of the Divine. Without love, our prayers are like lead weights which are too heavy for the angels to carry. They lie upon the ground and are forgotten, never once feeling the sharp wind of the Heavenly sky.
Excerpts from the book The Prayer of St. Francis, by James F. Twyman

Monday 6 July 2020

LUZ VERDE NA ESTRADA

Amigo e companheiro de peregrinação ao Infinito!
Não pares diante das luzes vermelhas que homens ignorantes puseram como obstáculo no meio da tua peregrinação espiritual!
Guia-te pelas luzes verdes com que Deus marcou a estrada da tua vida em um constante evolver!
Não há “trânsito impedido” nos mundos de Deus - só há “trânsito livre.”
Vermelhos são os campos de batalha creados pelos homens - porque neles agoniza a vida ou impera a morte.
Verdes são os campos e as campinas que Deus creou - porque neles cantam as glórias da vida em plena evolução e felicidade.
“A vida eterna é esta - disse Jesus - que os homens te conheçam, ó Pai, como o único Deus verdadeiro.”
Vida eterna é eterno conhecimento - se o “conhecer” tivesse um fim, findaria o “viver.”
Conhecer é progredir, viajar, penetrar cada vez mais na íntima essência do Deus do mundo e do mundo de Deus.
Conhecer é ir rumo ao Infinito, ao Eterno, ao Absoluto.
Jamais poderá o finito esgotar o Infinito - por mais que o indivíduo que conhece avance em demanda ao que se pode conhecer, ou conhecido, sempre poderá aprofundar-se mais e mais no desconhecido, nas trevas do Mistério, nas profundezas de Deus.
Que seria a vida eterna sem esse eterno Mistério? Que fascinação exerceria sobre a alma um mundo totalmente por ela devassado sem possibilidades futuras de novos descobrimentos?
Quanto mais a alma conhece tanto maior é a sua felicidade em conhecer - e a sua disposição em busca do desconhecido.
Se, algum dia, a alma chegasse ao termo final do seu “conhecer” e sua marcha dinâmica se estagnasse - este seria o fim da vida eterna e o princípio da morte sem fim.
Viver é conhecer, conhecer é amar - e onde há vida, conhecimento, amor, lá se manifesta o grande contentamento.
O Evangelho é a mais alta expressão da vida, do conhecimento, do amor, da felicidade.
“Eu vim para que os homens tenham a vida - e a tenham na maior abundância.”
Os ignorantes desconhecem o Evangelho.
Os semi ignorantes consideram o Evangelho como a religião do sofrimento.
Os sábios, porém, sabem que o Evangelho é a mensagem da vida abundante, da felicidade inefável.
No passado, foram as sombras da sexta-feira da paixão - hoje são os fulgores da Páscoa da ressurreição.
No passado foi o túmulo fechado - hoje é o sepulcro aberto e vazio, pois a Verdade é libertadora!
Para conhecer essa verdade, se faz necessário essa peregrinação ao teu centro divino, jornada muito mais difícil do que as jornadas para as periferias externas – porque “estreito é o caminho e apertada é a porta que conduz ao reino de Deus,” dentro de ti.
No entanto, uma vez trilhando esse caminho estreito, a porta se alarga e na disciplina e constante comunhão com Deus, descobrirás esse “tesouro oculto.”
Texto revisado, extraído do livro Imperativos da Vida