Wednesday 27 October 2021

O QUE É ACEITAR A DIVINDADE DE CRISTO?

No início do ano de 1945, Huberto Rohden recebe bolsa de estudos do Seminário Teológico da Universidade de Princeton onde teve a oportunidade de conviver com Albert Einstein, de onde escreveu um de seus livros mais vendidos, Einstein, O Enigma do Universo. Após esse período, no dia 25 de setembro de 1946, às 8:30 recebe das mãos do Dr. Paul Frederick Douglass, Presidente da Universidade Americana em Washington D.C., o convite para reger as cátedras de Filosofia Universal e Religiões Comparadas, cargo que exerceu por 5 anos.

O texto abaixo foi escrito nesse período, em um livro primeiramente editado em 1961, com o título de IDOLOS OU IDEAL?

“Acabo de escutar, numa estação emissora de Washington, um diálogo entre um teólogo romano e um juiz sobre a divindade do Cristo. Afirmava o teólogo que a maior desgraça era a negação dessa divindade da parte de milhares de cristãos do presente século.

O juiz respondeu que ele considerava uma calamidade fazer depender a salvação ou condenação da aceitação ou rejeição de um dogma como este. O que quer dizer, aceitar ou não-aceitar a divindade do Cristo? Não consiste num ato de inteligência e vontade? E não depende esse ato da maior ou menor clareza com que alguém percebe as razões pró ou contra esse dogma? E não depende essa maior ou menor clareza de uma instrução eclesiástica e certo grau de interesse neste ou naquele sistema teológico? E que tem isto a ver com Deus, com salvação ou condenação?

Sou eu mais crístico e mais amigo de Deus depois de dizer “sim”, e menos espiritual depois de dizer “não” a uma pergunta sobre a divindade do Cristo? Na realidade, o meu “sim” ou o meu “não” nada tem a ver com o meu verdadeiro cristianismo, se por cristianismo se entende a união com o espírito de Deus, e não este ou aquele grupo eclesiástico a que pertenço por força de nascimento ou de outras circunstâncias externas.

O que decide sobre o fato de eu ser crístico ou não, é a minha vida, a profunda e permanente atitude do meu interno ser e do meu externo agir em perfeita sintonia com o espírito do Cristo. Esse espírito, porém, nada tem a ver com a forma deste ou daquele credo, mas resume-se nos dois grandes mandamentos do amor de Deus e do próximo, nos quais dependem “toda a lei e os profetas”. O “sim” ou “não”, verbal ou mental, em nada modifica a minha atitude de ser e de agir, e é profundamente deplorável que uma grande parte do cristianismo eclesiástico do Ocidente, dê maior importância a essa profissão de fé teológica imposta por seu grupo, do que à realidade da vida emanada do espírito do Cristo.

E, para salvar esse credo eclesiástico, os seus adeptos têm cometido, e continuam a cometer os maiores atentados ao espírito do Cristo, eliminando infiéis e hereges, excomungando dissidentes, inculcando aos devotos o desprezo para com os que não professam o mesmo credo – matam o espírito de Cristo para salvar uma teologia pseudo cristã!

Enquanto eu não puder dizer, com absoluta verdade “Já não sou eu que vivo – o Cristo é que vive em mim”, como o fez Paulo de Tarso, eu não aceitei o espírito do Cristo, embora professe a mais ortodoxa das fórmulas sobre sua divindade. Mahatma Gandhi nunca aceitou nenhum credo eclesiástico; Albert Schweitzer é conhecido como herege pelas igrejas cristãs protocolares – mas dificilmente encontraremos dois homens que vivam com maior pureza e fidelidade o espírito do Cristo, em profundo amor de Deus e vasta caridade aos homens.

É de absoluta necessidade que o mundo cristão se torne crístico, vivendo realmente seu espírito, em vez de apenas professar teoricamente este ou aquele dogma sobre sua divindade.”

Texto revisado extraído do livro Ídolos ou Ideal? 

¿QUÉ ES ACEPTAR LA DEIDAD DE CRISTO?

A principios de 1945, Huberto Rohden recibió una beca del Seminario Teológico de la Universidad de Princeton; en ese momento, tuvo la convivencia con Albert Einstein, donde escribió uno de sus libros más vendidos, Einstein, El enigma del Universo. Luego de este período, el 25 de septiembre de 1946, a las 8:30 am, recibió de manos del Dr. Paul Frederick Douglass, Rector de la American University en Washington DC, la invitación para dirigir las cátedras de Filosofía Universal y Religiones Comparadas, un cargo que ocupó durante cinco años.

Rohden escribió el texto a continuación durante este período.

“Acabo de escuchar, en una emisora en Washington, un diálogo entre un teólogo romano y un juez sobre la divinidad de Cristo. El teólogo afirmó que la mayor vergüenza fue la negación de esta divinidad por miles de cristianos en el presente siglo.

El juez respondió que consideraba una calamidad hacer depender la salvación o la condena de la aceptación o el rechazo de tal dogma. ¿Qué significa aceptar o no aceptar la deidad de Cristo? ¿No es un acto de inteligencia y voluntad? ¿Y no depende este acto de la mayor o menor claridad con que se perciban las razones a favor o en contra de este dogma? ¿Y esta mayor o menor claridad depende de la instrucción religiosa y de un cierto grado de interés en tal o cual sistema teológico? ¿Y qué tiene esto que ver con Dios, la salvación o la condenación?

¿Soy más crístico y amigo de Dios después de decir “sí”, y menos espiritual después de decir “no” a una pregunta sobre la deidad de Cristo? En realidad, mi “sí” o “no” no tiene nada que ver con mi verdadero cristianismo, si por cristianismo se entiende la unión con el espíritu de Dios, y no con este o aquel grupo religioso al que pertenezco por nacimiento o por circunstancias externas.

Lo que decide si soy crístico o no es mi vida, la actitud profunda y permanente de mi ser interior y mi actuar exterior en perfecta armonía con el espíritu de Cristo. Este espíritu, sin embargo, no tiene nada que ver con la forma de tal o cual credo, sino que se resume en los dos grandes mandamientos del amor a Dios y al prójimo, de los que dependen “toda la ley y los profetas”. El “sí” o el “no”, verbal o mental, de ninguna manera cambia mi actitud de ser y actuar. Es profundamente deplorable que una gran parte del cristianismo eclesiástico occidental dé mayor importancia a esta profesión de fe teológica impuesta por su grupo que a la realidad de la vida que emana del espíritu de Cristo.

Y, para salvar este credo eclesiástico, sus adherentes han cometido y continúan cometiendo los ataques más significativos contra el espíritu de Cristo, eliminando infieles y herejes, excomulgando a los disidentes, inculcando en los devotos el desprecio por aquellos que no profesan el mismo credo - ellos ¡matan el espíritu de Cristo para salvar una teología pseudo cristiana!

Si bien no puedo decir, con absoluta verdad, "Ya no soy yo quien vivo, Cristo vive en mí", como hizo Pablo de Tarso, no he aceptado el espíritu de Cristo, aunque profeso la más ortodoxa de las fórmulas respecto a su divinidad. Mahatma Gandhi nunca aceptó ningún credo eclesiástico; Albert Schweitzer es conocido como hereje por las iglesias cristianas. Sin embargo, difícilmente encontraremos dos hombres que vivían el espíritu de Cristo con mayor pureza y fidelidad, el amor profundo de Dios y la inmensa caridad hacia los hombres.

El mundo cristiano necesita volverse crístico, realmente viviendo su espíritu, en lugar de simplemente profesar teóricamente tal o cual dogma acerca de su divinidad”.

WHAT IS TO ACCEPT THE DEITY OF CHRIST?

In early 1945, Huberto Rohden received a scholarship from the Theological Seminary at Princeton University; at that time, he had the conviviality with Albert Einstein, where he wrote one of his best-selling books, Einstein, The Enigma of the Universe. After this period, on September 25, 1946, at 8:30 am, he received from the hands of Dr Paul Frederick Douglass, President of the American University in Washington D.C., the invitation to lead the chairs of Universal Philosophy and Comparative Religions, a position he held for five years.

Rohden wrote the text below during this period.

“I have just heard, on a broadcasting station in Washington, a dialogue between a Roman theologian and a judge about the divinity of Christ. The theologian affirmed that the greatest disgrace was the denial of this divinity by thousands of Christians in the present century.

The judge replied that he considered it a calamity to make salvation or condemnation depend on the acceptance or rejection of such dogma. What does it mean, accepting or not accepting the deity of Christ? Is it not an act of intelligence and will? And doesn't this act depend on the greater or lesser clarity with which one perceives the reasons for or against this dogma? And does this greater or lesser clarity depend on ecclesiastical instruction and a certain degree of interest in this or that theological system? And what does this have to do with God, salvation or damnation?

Am I more Christlike and God’s friend after saying “yes,” and less spiritual after saying “no” to a question about the deity of Christ? In reality, my “yes” or “no” has nothing to do with my true Christianity, if by Christianity means the union with the spirit of God, and not with this or that religious group to which I belong by birth or from external circumstances.

What decides whether I am Christlike or not is my life, the deep and permanent attitude of my inner being and my external acting in perfect harmony with the spirit of Christ. This spirit, however, has nothing to do with the form of this or that creed but is summed up in the two great commandments of the love of God and neighbour, on which “all the law and the prophets” depend. The “yes” or “no”, verbal or mental, in no way changes my attitude of being and acting. It is deeply deplorable that a large part of Western ecclesiastical Christianity gives greater importance to this profession of theological faith imposed by its group than to the reality of the life emanating from the spirit of Christ.

And, to save this ecclesiastical creed, its adherents have committed, and continue to commit the most significant attacks on the spirit of Christ, eliminating infidels and heretics, excommunicating dissidents, inculcating in the faithful contempt for those who do not profess the same creed - they kill the spirit of Christ to save a pseudo-Christian theology!

While I cannot say, with absolute truth, “It is no longer I who live - Christ lives in me”, as Paul of Tarsus did, I have not accepted the spirit of Christ, even though I profess the most orthodox of formulas regarding his divinity. Mahatma Gandhi never accepted any ecclesiastical creed; Albert Schweitzer is known as a heretic by the Christian churches. However, we will hardly find two men who live the spirit of Christ with greater purity and fidelity, the deep love of God and vast charity to men.

The Christian world needs to become Christlike, actually living his spirit, instead of just theoretically professing this or that dogma about his divinity.”

Monday 25 October 2021

VERDADE INDISCUTÍVEL

Em todos os tempos da história da humanidade, a Divindade se revelou; não só através da Natureza, mas também por intermédio de homens de especial idoneidade e receptivos à essas revelações.

De algumas dessas revelações, a humanidade possui tradições milenares conservadas e transmitidas por escrito de geração em geração, até nossos dias, Assim, na Índia se originou o Bhagavad Gita, que remonta ao tempo dos Vedas, cerca de 5.000 anos antes da Era Cristã. Na China, apareceu, 600 anos antes do Cristo Jesus, o Tao Te Ching, de Lao-Tse. Esses livros, e mais as Quatro Verdades Nobres de Gautama Sidarta, o Buda, orientam a vida espiritual de quase toda a Ásia.

Há mais de 2.000 anos, apareceu no Oriente Médio, a mensagem de Jesus, registrada por quatro dos seus discípulos com o nome de Evangelho, que é o livro básico de orientação espiritual do ocidente cristão.

No século 20 foi descoberto, no Egito, o Quinto Evangelho do apóstolo Tomé, que se refere às palavras secretas de Jesus.

Essas mensagens - pequenas em quantidade, imensas em qualidade - representam a alma do gênero humano de diversos milênios.

O Evangelho de Jesus gira inteiramente em torno de dois pontos fundamentais: a experiência mística do primeiro mandamento, e a vivência ética do segundo; mandamentos que representam a estrutura de toda a lei e os profetas. Estes dois polos básicos do Evangelho se chamam, em linguagem atual, autoconhecimento e auto-realização.

“Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” – estas palavras proféticas de Jesus, são a quintessência da sua mensagem. A experiência mística do autoconhecimento e seu transbordamento na vivência ética da auto-realização, representam o alfa e o ômega do Evangelho, coincidindo substancialmente com a mensagem de todos os grandes Mestres espirituais da humanidade.

Compreender e viver essa mensagem, é compreender e realizar a si mesmo, é cumprir o destino terrestre e alcançar a felicidade.

E Evangelho é a boa-nova, a mensagem positiva que Jesus anunciou e que a princípio foram reveladas oralmente pelos apóstolos; mais tarde, apareceu por escrito, com a finalidade de ampliar e aprofundar na alma dos fiéis o conhecimento das verdades reveladas.

Quatro desses documentos foram recebidos no cânon do Novo Testamento e que contém os evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.

Muitos cristãos no primeiro século registraram por escrito a vida e as obras de Jesus, mas a Igreja só reconheceu como canônicos os quatro evangelhos hoje conhecidos, não por negar a historicidade das demais narrativas, mas por terem só estes quatro a seu favor, as provas suficientes que lhes abonam a inspiração divina. Como aqueles quatro jorros de água que regavam o paraíso terrestre, assim, as quatro fontes cristalinas dos evangelhos fecundam o éden da nova aliança, a Igreja de Deus. Pondo em correlação com os evangelistas a grandiosa visão de Ezequiel sobre os quatro seres vivos, atribuindo a Mateus o símbolo do homem, a Marcos o do leão, a Lucas o do touro e a João o da águia.1

Os títulos dos evangelhos não provêm dos evangelistas, pois antigamente, não se costumava apresentar as obras históricas com o nome do autor; remontam, todavia, aos tempos apostólicos, tanto assim que já os conhecia o autor do Fragmento Muratoriano do segundo século, que é uma cópia da lista mais antiga que se conhece dos livros do Novo Testamento, bem como de Santo Irineu e Clemente de Alexandria.

Os três primeiros evangelhos, ainda que literariamente autônomos e independentes, apresentam, contudo, uma notável concordância no tocante ao conteúdo e exposição. No intuito de pôr mais em relevo essa harmonia, foi traçado um paralelo entre esses três textos evangélicos, que resultou em uma interessante sinopse, sendo esses escritos chamados de Evangelhos Sinóticos, e seus autores: os Sinóticos.

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1)- Os chamados Quatro Rios do Paraíso, seriam quatro braços de rios de uma fonte que nascia no Éden e que segundo a Bíblia, eram o Tigre, o Eufrates, o Gihon e o Phison.

Texto revisado extraído do livro A Mensagem Viva do Cristo, em Introdução. 

VERDAD INDISCUTIBLE

La Divinidad se ha revelado en todo momento de la historia humana, no sólo a través de la Naturaleza, sino también a través de hombres de idoneidad única y receptivos a estas revelaciones.

De algunos, la humanidad tiene tradiciones antiguas conservadas y transmitidas por escrito de generación en generación hasta nuestros días. Así, en la India, se originó el Bhagavad Gita, que se remonta a los Vedas, unos 5.000 años antes de la era cristiana. En China, 600 años antes de Cristo Jesús, apareció el Tao Te Ching de Lao-Tse. Estos libros, más las Cuatro Nobles Verdades de Gautama Siddhartha el Buda, guían la vida espiritual de casi toda Asia.

Hace más de 2000 años, el mensaje de Jesús apareció en el Medio Oriente, registrado por cuatro de sus discípulos bajo el nombre del Evangelio, que es el principal libro de guía espiritual del Occidente cristiano.

En el siglo XX, se descubrió en Egipto el Quinto Evangelio del Apóstol Tomás, que se refiere a las palabras secretas de Jesús.

Estos mensajes, pequeños en cantidad, inmensos en calidad, representan el alma de la humanidad durante varios milenios.

El Evangelio de Jesús gira enteramente en torno a dos puntos fundamentales: la experiencia mística del primer mandamiento y la vivencia ética del segundo; mandamientos que representan la estructura de toda la ley y los profetas. Estos dos polos fundamentales del Evangelio se denominan, en el lenguaje actual, autoconocimiento y autorrealización.

“Conocerás la Verdad, y la Verdad te hará libre”: estas palabras proféticas de Jesús son la quintaesencia de su mensaje. La experiencia mística del autoconocimiento y su desborde en la vivencia ética de la autorrealización representan el alfa y omega del Evangelio, coincidiendo sustancialmente con el anuncio de todos los grandes Maestros espirituales de la humanidad.

Comprender y vivir este mensaje es comprenderse y realizarse, es cumplir el destino terrenal y alcanzar la felicidad.

Y el Evangelio es la buena noticia, el mensaje positivo que anunció Jesús y que en un principio fue revelado oralmente por los apóstoles; más tarde, apareció por escrito para ampliar y profundizar en el alma de los fieles el conocimiento de las verdades reveladas.

Cuatro de estos documentos fueron recibidos en el canon del Nuevo Testamento y contienen los evangelios según Mateo, Marcos, Lucas y Juan.

Muchos cristianos del primer siglo registraron la vida y obra de Jesús por escrito. Aun así, la Iglesia solo reconoció como canónicos los cuatro evangelios conocidos hoy, no por negar la historicidad de las otras narrativas, sino por tener solo estos cuatro a su favor, como pruebas suficientes para dar fe de su inspiración divina. Como esas cuatro corrientes de agua que regaron el paraíso terrenal así, las cuatro fuentes cristalinas de los evangelios fertilizan el Edén del nuevo pacto, la Iglesia de Dios. Poniendo en correlación con los evangelistas la gran visión de Ezequiel sobre los cuatro seres vivientes, atribuyendo a Mateo el símbolo del hombre, Marcos el león, Lucas el toro y Juan el águila.1

Los títulos de los evangelios no provienen de los evangelistas, ya que, en el pasado, las obras históricas no solían presentarse con el nombre del autor. Sin embargo, se remontan a la época apostólica, tanto es así que el autor del Fragmento Muratorio del siglo II, que es una copia de la lista más antigua conocida de los libros del Nuevo Testamento, así como San Ireneo y Clemente de Alejandría.

Aunque literariamente autónomos e independientes, los primeros tres evangelios presentan, sin embargo, un notable acuerdo en términos de contenido y exposición. Para resaltar mejor esta armonía, se trazó un paralelismo entre estos tres textos evangélicos, que resultó en una apasionante sinopsis, siendo estos escritos los llamados Evangelios Sinópticos y sus autores: los Sinópticos.

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1) - Los llamados Cuatro Ríos del Paraíso serían cuatro brazos de ríos de una fuente que nació en el Edén y que, según la Biblia, eran el Tigris, el Éufrates, el Gihon y el Phison.

UNDISPUTED TRUTH

Divinity has revealed itself at all times in human history, not only through Nature but also through men of unique suitability and receptive to these revelations.

Of some, humanity has ancient traditions preserved and transmitted in writing from generation to generation until our days. Thus, in India, the Bhagavad Gita was originated, which dates back to the Vedas, about 5,000 years before the Christian Era. In China, 600 years before Christ Jesus, the Tao Te Ching of Lao-Tse appeared. These books, plus the Four Noble Truths of Gautam Siddhartha the Buddha, guide the spiritual life of almost all of Asia.

More than 2,000 years ago, the message of Jesus appeared in the Middle East, recorded by four of his disciples under the name of the Gospel, which is the primary spiritual guidance book of the Christian West.

In the 20th century, the Fifth Gospel of the Apostle Thomas was discovered in Egypt, which refers to the secret words of Jesus.

These messages - small in quantity, immense in quality - represent the soul of humankind for several millennia.

The Gospel of Jesus revolves entirely around two fundamental points: the mystical experience of the first commandment and the ethical living of the second; commandments that represent the structure of all the law and the prophets. These two fundamental poles of the Gospel are called, in today’s language, self-knowledge and self-realization.

“You shall know the Truth, and the Truth shall make you free” – these prophetic words of Jesus are the quintessence of his message. The mystical experience of self-knowledge and its overflow in the ethical living of self-realization represent the alpha and omega of the Gospel, substantially coinciding with the announcement of all the great spiritual Masters of humanity.

To comprehend and live this message is to comprehend and realize oneself, is to fulfil earthly destiny and achieve happiness.

And the Gospel is the good news, the positive message that Jesus announced and which at first was revealed orally by the apostles; later, it appeared in writing to broaden and deepen in the souls of the faithful the knowledge of revealed truths.

Four of these documents were received in the New Testament canon and contain the gospels according to Matthew, Mark, Luke and John.

Many Christians in the first century recorded the life and works of Jesus in writing. Still, the Church only recognized as canonical the four gospels known today, not for denying the historicity of the other narratives, but for having only these four in their favour, as proofs enough to vouch for their divine inspiration. Like those four streams of water that watered the earthly paradise thus, the four crystalline fountains of the gospels fertilize the Eden of the new covenant, the Church of God. Putting in correlation with the evangelists the grand vision of Ezekiel about the four living beings, attributing to Matthew the symbol of man, Mark, the lion, Luke the bull, and John, the eagle.1

The titles of the gospels do not come from the evangelists, as in the past, historical works were not usually presented with the author's name. However, they go back to apostolic times, so much so that the author of the second-century Muratorian Fragment, which is a copy of the oldest known list of the books of the New Testament as well as St. Irenaeus and Clement of Alexandria.

Although literarily autonomous and independent, the first three gospels nevertheless present a remarkable agreement in terms of content and exposition. To better highlight this harmony, a parallel was drawn between these three evangelical texts, which resulted in an exciting synopsis, being these writings called Synoptic Gospels and their authors: the Synoptics.

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1)- The so-called Four Rivers of Paradise would be four branches of rivers from a source that was born in Eden and which, according to the Bible, were the Tigris, the Euphrates, the Gihon and the Phison.

Wednesday 20 October 2021

QUE É ORAR? UM ATO OU UMA ATITUDE?

O texto abaixo é a parte final do estudo sobre CIÊNCIA, MILAGRE E ORAÇÃO SÃO COMPATÍVEIS? de autoria de Huberto Rohden. Assim como nos textos anteriores, a

linguagem foi revisada para ser adaptada aos dias atuais e tendo algumas repetições de ideias suprimidas, afim de não cansar e facilitar a compreensão do leitor. Mas de nenhuma forma, o pensamento do autor foi alterado ou modificado, permanecendo na sua plena integridade.

 

“É necessário orar sempre, e nunca deixar de orar”.

Estas palavras de Jesus são para o homem profano o maior dos enigmas – ou então o maior dos absurdos. Como posso orar sempre, se tenho que trabalhar? Se cumprisse essa ordem de Jesus deveria desistir de todos os meus trabalhos profissionais, relegar a família, dos deveres sociais, da ciência, da arte e de tudo que faz da vida humana uma existência possível e digna. O cristianismo, como se vê, não é compatível com uma vida normalmente humana.

E é assim dizem e pensam os analfabetos do mundo espiritual.

Por quê?

Porque ignoram completamente o que seja “orar”.

“Orar” é, para o homem comum, proferir certas fórmulas, em certos tempos, em certos lugares, sobretudo aos domingos, numa determinada igreja.

“Orar” no sentido de Jesus e de todos os gênios espirituais, não é um ato, mas uma atitude, embora essa atitude interna, permanente, se manifeste, eventualmente, em atos externos, transitórios. A íntima essência da oração, é uma atitude, um modo de ser, uma espécie de vida, saúde, alegria, o amor, que são estados ou atitudes, e não apenas atos externos.

É necessário, segundo ele, que o homem crie dentro de si essa atmosfera permanente de oração e viva nesse ambiente, como quem vive em plena luz solar, que aquece, que favorece o trabalho, dá saúde, bem-estar, alegria, felicidade. A oração permanente de que Jesus fala, é uma espécie de constante luminosidade interior, uma consciência espiritual que envolve e penetra a atividade humana, ornando tudo com um halo invisível.

Embora a oração seja uma atitude permanente, ela não pode prescindir de atos individuais, assíduos e repetidos. A atitude é uma espécie de estratificação interior que se formou dos resíduos inconscientes de numerosos atos conscientes que migraram da superfície do ego para as profundezas do Eu, e ali se depositam até formar uma vasta camada do hábito permanente, que se chama atitude.

Uma vez que essa camada adquiriu suficiente volume, dela irradiam invisíveis energias rumo à superfície do ego, daí a necessidade da formação de atitudes ou hábitos positivos, e evitar a criação de hábitos negativos.

A fim de formar essa atitude permanente, o homem deve ter uma hora certa, cada dia, para se abismar completamente no mundo espiritual. Essa hora de oração, meditação ou comunhão com Deus é absolutamente indispensável para a saúde e a vida da alma. Durante a meditação, o Eu espiritual deve estar, fixa e intensamente, focalizado em Deus e no mundo divino, sem divagar pelo mundo dos sentimentos ou dos pensamentos. É o que Jesus chama “retirar-se para o seu cubículo, fechar a porta atrás de si e orar a sós com Deus”. Para facilitar essa quietude, palavras como: “Eu e o Pai somos um”, “O Pai está em mim e eu estou no Pai”, “O Cristo vive em mim”, “Eu sou a luz do mundo”, devem ser usadas em pensamento.

Quanto mais intensa essa focalização da consciência espiritual, tanto maior a abundância de luz e força que a alma recebe, porquanto a medida do recebimento depende do grau de receptividade, e essa prática eleva e intensifica a receptividade da alma.

Terminada a meditação, ou oração, o homem volta a seus afazeres cotidianos, mas sem perder o contato interno com o mundo espiritual, que passará a espiritualizar o seu mundo material, não só sem prejuízo, mas com real vantagem sobre esse mundo material.

Saúde quer dizer integração do indivíduo no Todo.

Doença é integração deficiente do indivíduo no Todo, e que eventualmente pode provocar a morte, a desintegração.

No nível orgânico, essa integração do indivíduo no Todo é feita de duas maneiras:

1)- Pela alimentação, onde o organismo humano, depois da ingestão e assimilação dos nutrientes, recebe a energia calórica que provêm da luz solar.

2)- Pela respiração, pois o oxigênio inalado é o vínculo que põe o organismo individual em contato direto com o vasto oceano das energias do Universo.

Sem esse permanente e renovado contato entre o corpo individual e as energias do Universo, não há vida nem saúde.

Essa mesma lei do mundo orgânico vigora também no mundo espiritual: vida e saúde representam o permanente contato entre o ser individual e o Ser Universal. O que ao nível orgânico acontece por meio da assimilação e respiração, também ocorre no nível espiritual por meio da oração ou permanente comunhão com Deus. Sem esse contato não há vida e saúde espiritual. Onde cessa a assimilação ou respiração, sucumbe o indivíduo por inanição ou asfixia – e onde cessa a oração, que é a assimilação e respiração da alma, ela adoece e desfalece por falta desses elementos vitais.

Conhecedor dessa verdade, Jesus afirmou: “É necessário orar sempre, e nunca deixar de orar”. A oração é a caloria e o oxigênio do espírito.

Existe uma relação íntima entre corpo e alma, entre a parte orgânica e espiritual do homem, uma agindo sobre outra, na estreita relação entre a moléstia orgânica e a moléstia moral dos homens.

Entretanto, a saúde espiritual pode atingir suficiente perfeição ao ponto de sem o auxílio externo, realizar a saúde orgânica.

No Evangelho, o centurião de Cafarnaum que tinha fé, não curou o seu servo, mas, em contato com o poderoso foco espiritual de Jesus, essa fé foi potencializada – e deu-se a cura. Coisa análoga aconteceu com a mulher Cananéia, cuja fé e em contato com a espiritualidade superior do nazareno conseguiu curar a filha atormentada por um mau espírito. O mesmo se passou com a mulher que tocou o manto de Jesus; também com o homem que se confessa crente e descrente – “creio, Senhor, ajuda a minha incredulidade” – e o baixo potencial da sua fé, potencializada pelo contato com a elevada espiritualidade de Jesus, curou seu filho.

Um ímã de alta potência, atuando sobre outro de baixa potência, o potencializa e o capacita a realizar o que isoladamente, não poderia realizar.

Uma bateria de alta voltagem, em contato, ou por indução direta com outra de voltagem inferior, eleva a voltagem desta e lhe confere um poder acima do que ela possuía por si mesma. Nunca uma bateria mais forte perde energia pelo contato com uma menos forte, mas sempre o de maior energia domina o menor, o positivo eleva o negativo, a plenitude preenche a vacuidade, “A luz brilha nas trevas, e as trevas não a extinguiram”.

Em resumo: o poder da oração não está em que ora, mas sim no mundo espiritual com quem a pessoa está em contato. Quem ora não é a fonte, mas o canal ou veículo entre o mundo orgânico e o mundo espiritual. Se esse canal é transparente, idôneo, não obstruído, passam através dele os fluidos espirituais que atuam sobre o mundo orgânico. E é por isto que “tudo é possível àquele que tem fé”; “tudo o que pedirdes em meu nome, crede que o recebereis.”

¿QUÉ ES ORAR? ¿UN ACTO O UNA ACTITUD?

“Es necesario rezar siempre y no dejar de rezar nunca”.

Estas palabras de Jesús son para el profano el mayor de los enigmas, o el mayor de los absurdos. ¿Cómo puedo rezar siempre si tengo que trabajar? Si lo obedezco, debería renunciar a todo mi trabajo profesional, relegando mi familia, los deberes sociales, la ciencia, el arte y todo lo que hace posible y digna la vida humana. Resulta que el cristianismo no es compatible con la vida humana cotidiana.

Y así dicen y piensan los analfabetos del mundo espiritual.

¿Por qué?

Porque ignoran completamente lo que es “rezar”.

“Rezar” es, para la persona común, decir fórmulas específicas, en ciertos momentos, en ciertos lugares, especialmente los domingos, en una iglesia en particular.

“Rezar”, u oración en el sentido de Jesús y de todos los genios espirituales, no es un acto, sino una actitud, aunque esta actitud interna, permanente, se manifieste finalmente en acciones externas, transitorias. La esencia interior de la oración es una actitud, una forma de ser, un tipo de vida, salud, alegría, amor, que son estados o actitudes, no solo actos externos.

Es necesario, según él, que el hombre cree en sí mismo este clima permanente de oración y viva en este entorno, como quien vive a pleno sol, que calienta, favorece el trabajo, da salud, bienestar, alegría, felicidad. La oración permanente de la que habla Jesús es una especie de luminosidad interior constante, una conciencia espiritual que envuelve y penetra la actividad humana, decorando todo con un halo invisible.

Si bien la oración es una actitud permanente, no puede prescindir de actos individuales, asiduos y repetidos. La actitud es una especie de estratificación interior que se ha formado a partir de los residuos inconscientes de numerosos actos conscientes que han migrado desde la superficie del ego a las profundidades del Yo, y allí se asientan para formar una vasta capa de hábito permanente, que es llamado actitud.

Una vez que esta capa ha adquirido suficiente volumen, de ella irradian energías invisibles hacia la superficie del ego, de ahí la necesidad de trabajar actitudes o hábitos positivos, y evitar la creación de hábitos negativos.

Para formar esta actitud permanente, el hombre debe tener un tiempo particular cada día para sumergirse completamente en el mundo espiritual. Esta hora de oración, meditación o comunión con Dios es absolutamente indispensable para la salud y la vida del alma. Durante la meditación, el Yo espiritual debe estar fijo e intensamente enfocado en Dios y el mundo divino, sin deambular por el mundo de los sentimientos o pensamientos. Es lo que Jesús llama “retirarse a su cubículo, cerrar la puerta detrás y orar a solas con Dios”. Para facilitar esta quietud, palabras como: “El Padre y yo somos uno”, “El Padre está en mí y yo en el Padre”, “El Cristo vive en mí”, “Yo soy la luz del mundo”, debe usarse en el pensamiento.

Cuanto más intenso es este enfoque de conciencia espiritual, mayor es la abundancia de luz y fuerza que recibe el alma, ya que la medida de la recepción depende del grado de receptividad, y esta práctica eleva e intensifica la receptividad del alma.

Después de la meditación u oración, el hombre vuelve a sus tareas diarias sin perder el contacto interno con el mundo espiritual, lo que comenzará a espiritualizar su mundo material, no solo sin prejuicios sino con una ventaja real sobre este mundo material.

Salud significa integrar al individuo en el Todo.

La enfermedad es una integración deficiente del individuo en el Todo, que eventualmente puede conducir a la muerte, a la desintegración.

A nivel orgánico, esta integración del individuo en el Todo se realiza de dos formas:

1) - A través de los alimentos, el cuerpo humano recibe energía calórica de la luz solar luego de ingerir y asimilar los nutrientes.

2) - A través de la respiración, el oxígeno inhalado es el vínculo que pone al organismo individual en contacto directo con el vasto océano de energías del Universo.

Sin este contacto permanente y renovado entre el cuerpo individual y estas energías, no hay vida ni salud.

Esta misma ley del mundo orgánico también está vigente en el mundo espiritual: la vida y la salud representan el contacto permanente entre el ser individual y el Ser Universal. Lo que sucede en el nivel orgánico a través de la asimilación y la respiración también ocurre en el nivel espiritual a través de la oración o comunión permanente con Dios. Sin este contacto, no hay vida ni salud espiritual. Donde cesa la asimilación o la respiración, el individuo sucumbe al hambre o la asfixia, y donde la oración, que es la asimilación y la respiración del alma, termina, enferma y se desmaya por la falta de estos elementos vitales.

Conociendo esta verdad, Jesús dijo: “Es necesario orar siempre y nunca dejar de orar”. La oración es la caloría y el oxígeno del espíritu.

Existe una íntima relación entre el cuerpo y el alma, entre la parte orgánica y espiritual del hombre, actuando una sobre la otra, en la estrecha relación entre la enfermedad orgánica y la enfermedad moral de los hombres.

Sin embargo, la salud espiritual puede alcanzar la perfección suficiente hasta el punto de que sin ayuda externa se logra una salud orgánica.

En el Evangelio, el centurión de Capernaum que tenía fe no curó a su siervo, pero, en contacto con el sólido enfoque espiritual de Jesús, esa fe se fortaleció y se llevó a cabo la curación. Algo similar le sucedió a la mujer cananea, cuya fe y contacto con la espiritualidad superior del Nazareno logró curar a su hija atormentada por un espíritu maligno. Lo mismo sucedió con la mujer que tocó el manto de Jesús. Además, con el hombre que se confiesa creyente e incrédulo – “Creo, Señor, ayuda mi incredulidad” - y el bajo potencial de su fe, potencializado por el contacto con la alta espiritualidad de Jesús, sanó a su hijo.

Un imán de alta potencia, que actúa sobre uno de baja potencia, le da poder y le permite hacer lo que por sí solo no podría realizar.

Una batería de alto voltaje, en contacto o por inducción directa con otra de menor voltaje, eleva su voltaje y le da una potencia superior a la que poseía por sí misma. Una batería más fuerte nunca pierde energía por contacto con una menos fuerte. Aun así, el que tiene la energía más alta siempre domina a lo más pequeño. Lo positivo eleva a lo negativo. La plenitud llena el vacío, “La luz brilla en las tinieblas, y las tinieblas no la vencieron”.

En resumen, el poder de la oración no está en el que reza sino en el mundo espiritual con el que está en contacto. Quien reza no es la fuente sino el canal o vehículo entre los mundos orgánico y espiritual. Supongamos que este canal es transparente, adecuado y sin obstrucciones; los fluidos espirituales que actúan sobre el mundo orgánico pasan por él. Y por eso “todo es posible al que tiene fe”; "Todo lo que pidas en mi nombre, cree que lo recibirás".

 

WHAT IS PRAYING? AN ACT OR AN ATTITUDE?

“It is necessary to pray always, and never stop praying.”

These words of Jesus are for profane man the greatest of enigmas – or the greatest of absurdities. How can I always pray if I have to work? If I obey his message, I should give up all my professional work, relegating my family, social duties, science, art and everything that makes human life a possible and dignified existence. Christianity, as it turns out, is not compatible with everyday human life.

And that is how the illiterate people of the spiritual world say and think.

Why?

Because they completely ignore what “praying” is.

“Praying” is, for the common person, saying specific formulas, at certain times, in certain places, especially on Sundays, in a particular church.

“Praying”, or oration is, in the sense of Jesus and of all spiritual geniuses, is not an act, but an attitude, although this internal, permanent attitude eventually manifests itself in external, transitory actions. The inner essence of prayer is an attitude, a way of being, a kind of life, health, joy, love, which are states or attitudes, not just external acts.

It is necessary, according to him, that man creates within himself this permanent atmosphere of prayer and lives in this environment, as one who lives in full sunlight, which warms, favours work, gives health, well-being, joy, happiness. The permanent prayer Jesus speaks of is a kind of constant interior luminosity, a spiritual awareness that envelops and penetrates human activity, decorating everything with an invisible halo.

Although prayer is a permanent attitude, it cannot do without individual, assiduous and repeated acts. Attitude is a kind of inner stratification that has been formed from the unconscious residues of numerous conscious acts that have migrated from the surface of the ego to the depths of the Self, and there they settle to form a vast layer of permanent habit, which is called attitude.

Once this layer has acquired sufficient volume, invisible energies radiate from it towards the surface of the ego, hence the need to form positive attitudes or habits, and to avoid the creation of negative habits.

To form this permanent attitude, man must have a particular time each day to completely immerse himself in the spiritual world. This hour of prayer, meditation or communion with God is absolutely indispensable for the health and life of the soul. During meditation, the spiritual Self must be fixedly and intensely focused on God and the divine world, without wandering into the world of feelings or thoughts. It's what Jesus calls “retiring to your cubicle, closing the door behind and praying alone with God.” To facilitate this stillness, words such as: “The Father and I are one”, “The Father is in me, and I am in the Father”, “The Christ lives in me”, “I am the light of the world”, should be used in thought.

The more intense this focus of spiritual awareness, the greater the abundance of light and strength the soul receives, as the measure of receiving depends on the degree of receptivity, and this practice elevates and intensifies the soul's receptivity.

After the meditation or prayer, the man returns to his daily tasks without losing internal contact with the spiritual world, which will begin to spiritualize his material world, not only without prejudice but with a real advantage over this material world.

Health means integrating the individual into the Whole.

Illness is a deficient integration of the individual into the Whole, which can eventually lead to death, disintegration.

On the organic level, this integration of the individual into the Whole is done in two ways:

1)- Through food, where the human body, after the ingestion and assimilation of energy stored in food, receives the caloric energy that comes from sunlight.

2)- Through breathing, inhaled oxygen is the link that puts the individual organism in direct contact with the vast ocean of energies of the Universe.

Without this permanent and renewed contact between the individual body and the Universe's energies, there is neither life nor health.

On the material level, this integration of the individual into the Whole is done in two ways:

1)- Through food, the human body receives caloric energy from sunlight after ingesting and assimilating nutrients.

2)- Through breathing, inhaled oxygen is the link that places the individual organism in direct contact with the vast ocean of the Universe’s energy.

Without this permanent and renewed contact between the individual body and these energies, there is neither life nor health.

This same law of the organic world is also in force in the spiritual world: life and health represent the permanent contact between the individual being and the Universal Being. What happens on the organic level through assimilation and breathing also occurs on the spiritual level through prayer or permanent communion with God. Without this contact, there is no spiritual life and health. Where assimilation or breathing ceases, the individual succumbs to starvation or suffocation - and where prayer, which is the assimilation and breathing of the soul, ends, it sickens and faints by lack of these vital elements.

Knowing this truth, Jesus said: “It is necessary to pray always, and never stop praying.” Prayer is the calorie and oxygen of the spirit.

There is an intimate relationship between body and soul, between the organic and spiritual part of man, one acting on the other, in the close relationship between the organic disease and the moral disease of men.

However, spiritual health can reach sufficient perfection to the point that without external help, it achieves organic health.

In the Gospel, the centurion of Capernaum who had faith did not heal his servant, but, in contact with the solid spiritual focus of Jesus, that faith was empowered - and the healing took place. A similar thing happened to the Canaanite woman, whose faith and contact with the superior spirituality of the Nazarene managed to cure her daughter tormented by an evil spirit. The same happened with the woman who touched Jesus' robe. Also, with the man who confesses himself to be a believer and an unbeliever – “I believe, Lord, help my unbelief” - and the low potential of his faith, potentialized by the contact with the high spirituality of Jesus, healed his son.

A high-powered magnet, acting on a low powered one, empowers it and enables it to do what it alone could not perform.

A high-voltage battery, in contact or by direct induction with another one of lower voltage, raises its voltage and gives it a power greater than what it possessed by itself. A stronger battery never loses energy through contact with a less strong one. Still, the one with the highest energy always dominates the smaller ones. The positive raises the negative. The plenitude fills the emptiness, “The light shines in the darkness, and the darkness has not overcome it”.

In short, the power of prayer is not in the one who prays but in the spiritual world the person is in contact. Whoever prays is not the source but the channel or vehicle between the organic and spiritual worlds. Suppose this channel is transparent, suitable, unobstructed; the spiritual fluids that act on the organic world pass through it. And this is why “everything is possible to him who has faith”; “whatever you ask in my name, believe that you will receive it.”

Tuesday 19 October 2021

PODE A ORAÇÃO MODIFICAR AS LEIS DA NATUREZA?

O texto abaixo é a segunda parte do estudo sobre CIÊNCIA, MILAGRE E ORAÇÃO SÃO COMPATÍVEIS? de autoria de Huberto Rohden. Assim como no texto que precede, e a terceira parte a seguir, a linguagem foi revisada para ser adaptada aos dias atuais e tendo algumas repetições de ideias suprimidas, afim de não cansar e facilitar a compreensão do leitor. Mas de nenhuma forma, o pensamento do autor foi alterado ou modificado, permanecendo na sua plena integridade. 

 

“Muitos pensam que sim. Outros duvidam ou negam pois para eles, as leis da natureza são imutáveis, e a oração é um produto da ignorância e da superstição.

No entanto, existem fatos que fogem à razão dos incrédulos.

Aqui está um homem doente desenganado pela medicina. Os médicos são unânimes em afirmar que ele vai morrer em breve. Entretanto, na manhã seguinte, esse homem condenado à morte pela ciência, desperta em perfeita saúde e continua a viver, sem vestígios de nenhum problema médico.  

Casos assim, não são fictícios. São e têm sido reais através de todos os séculos.

A ciência não explica, tecendo mil hipóteses em torno do fato, sem acertar com a verdadeira explicação.

Os homens religiosos falam em milagre; intervenção divina, sobrenatural, para além das forças da natureza.

Entretanto, nem a ciência e nem o sobrenatural o curaram. Ele foi curado em virtude de forças inteiramente naturais, e que ultrapassam o âmbito da matéria. O recurso a uma ordem sobrenatural não passa de um refúgio da ignorância humana. O que se chama de sobrenatural é apenas a zona do natural que fica para além da zona pelo homem identificada. Num passado remoto, teria sido sobrenatural quase tudo o que hoje em dia é natural para a ciência e técnica! Quanto mais o homem se mentaliza e espiritualiza, mais se integra na natureza. Para o homem plenamente espiritual, tudo é natural, nada é sobrenatural.

O que aconteceu, foi um milagre, mas dentro das leis da natureza. Alguém ou o próprio doente, pediu, orou com fé, e essa fé o salvou, como revelou um dos iniciados nos mistérios do mundo espiritual, o apóstolo Tiago, que presenciou os milagres de Jesus, vendo a invasão do mundo espiritual no mundo material da natureza.

Dia virá em que o chamado “milagre” passará a fazer parte integrante da ciência e vida normal do homem, assim como as forças misteriosas do passado, e hoje conhecidas, fazem parte da vida do homem atual.

Se a oração da fé operasse apenas com elementos vagos e incertos, quase irreais, não se explicaria um efeito concreto como a cura de uma moléstia materialmente incurável, porquanto a lógica proíbe admitir um efeito maior que sua causa. Ora, se aqui temos um efeito considerável, não é lógico concluir que a causa deve ser pelo menos tão poderosa como o efeito? A invisibilidade da causa em nada afeta a sua realidade e força, a não ser que algum ignorante erudito identifique visibilidade com realidade. A ciência proíbe essa infeliz identificação, pois visibilidade e realidade estão na razão inversa, ou seja, tão mais real é uma coisa quanto menos visível ela é, tão menos real quanto mais visível. A matéria é amplamente visível, mas é pouco real, e por isto mesmo fraca; a energia é menos visível, e por isto mais real e poderosa; a energia nuclear é em si totalmente imperceptível, mas se sabe o quanto é real e poderosa. A mais imperceptível de todas as coisas reais, no plano físico, é a luz, a luz cósmica, absoluta, e é precisamente a luz que, segundo Einstein, é realidade, a base e a origem de todas as demais energias e matérias do Universo.

As forças mentais e espirituais são, por sua natureza, invisíveis; são energias, e não materiais. A força espiritual tem íntima afinidade com a luz, a maior das forças que a ciência conhece. Se essa força imaterial for aplicada a um objeto material, como um organismo doente, irá exercer sobre o mesmo, um grande impacto. Todo o segredo está em como aplicar essa força imaterial, a oração da fé, ao corpo material.

Que faz então o homem que pede e ora com fé?

Aplica à parte material, uma força espiritual; aplica o mais forte ao menos forte. Assenta uma alavanca num ponto de apoio situado para além das fronteiras da matéria, executando um movimento, deslocando o peso enorme da moléstia física.

Não consta que Jesus tenha falhado em suas curas milagrosas. Porque esse invisível mundo espiritual era para ele tão real como o mundo visível da matéria, e as leis que governam o mundo invisível eram para ele, matematicamente certas e claras. Com efeito, as leis do mundo espiritual agem com a mesma precisão matemática como todas as outras leis da ciência, no nível material.

O ser humano, infelizmente, não se interessa em descobrir a matemática e geometria do mundo espiritual, de tanto que vive anestesiado pelas forças materiais, pois o conhecimento e a aplicação dessas leis derrotariam os seus piores inimigos. Jesus nunca esteve doente, porque conhecia essas leis e vivia em perfeita harmonia com elas. Permitiu, durante algum tempo, que forças adversas o pudessem ferir – mais tarde também se tornou invulnerável neste setor – mas nunca nasceu dentro do seu próprio corpo uma força negativa que o fizesse sofrer.

A saúde é natural, a moléstia não. Ninguém procura explicar o que é natural, todos querem explicar o que não é natural. Por que é que alguém sofre isto ou aquilo? O primeiro pensamento é o de um castigo infligido por algum ser invisível, algum deus vingador. Castigo por quê? Por algum pecado. Mas, se esse alguém não tem consciência de pecado algum, como dizia Jó: O meu pecado deve ter sido cometido, então, numa existência anterior cuja memória não persiste na minha encarnação atual. Mas, o que mais importa não é saber por que sofro, mas sim para quê. A causa do meu sofrimento é misteriosa, mas a finalidade do meu sofrimento é clara. Sofro para evolver, ou para me libertar de alguma impureza. Se criei a causa, posso também a abolir.

Se o homem conseguisse ascender a regiões superiores, ultrapassando a zona da matéria e invadindo os domínios do espírito, desapareceria todo o problema do sofrimento.

O erro na zona espiritual é o pecado, o na zona material, é o sofrimento. Sendo aquele a causa deste, é lógico que o sofrimento, não pode ser abolido sem a abolição da causa, o pecado. Apenas em caráter transitório, intermitente, esporádico, é o sofrimento abolido no nível do pecado; mas, para a abolição permanente, radical e definitiva do sofrimento, requer-se a destruição radical e permanente do pecado e da habilidade de pecar.

Com o despontar da inteligência começou o mundo do pecado. “Espinhos e abrolhos”, “trabalhos no suor do seu rosto”, “parto com dores” são as consequências da intelectualização do homem, porque a zona do intelecto é a zona da habilidade de pecar. Onde não há intelecto não há o “conhecimento do bem e do mal”, não há oscilação entre a luz e as trevas, entre o positivo e o negativo. Quando o homem comeu “do fruto da árvore do conhecimento”, quando o homem sensitivo do Éden se tornou o homem intelectivo da serpente, ele entrou na zona do pecado, e pecado é sofrimento compulsório.

Para se libertar do sofrimento é necessário que o homem se liberte do pecado. De que modo? Perdendo a inteligência, essa conquista da humanidade? Não pela perda desse dom divino, mas pela integração da inteligência na razão, isto é, no espírito.

Quando o homem, egresso do Éden e ingresso no domínio da serpente, gemia oprimido de dores e sofrimentos, ele percebeu, nas íntimas profundezas da sua natureza, uma voz que lhe dizia: “De dentro de tua própria estirpe nascerá alguém que esmagará a cabeça da serpente”.

E esta é a voz longínqua da redenção do homem; dos primeiros sinais do dia que há de nascer após as trevas e penumbras da humanidade pecadora e sofredora de hoje. E que poder é esse que nascerá das profundezas da própria natureza humana e sujeitará a seu domínio a própria inteligência?

É o poder da Razão, do Espírito divino latente no homem! A oração, a frequente e intensa submersão no oceano da divindade, a comunhão com Deus, o permanente “andar na presença de Deus”!”