Tuesday 30 November 2021

O MISTÉRIO DA ETERNA FASCINAÇÃO DO CRISTO

Livros sem conta se têm escrito sobre o Cristo.

Amor sem medida se têm jurado ao Cristo.

E, no entanto, eternamente enigmático é o motivo dessa fascinação do Cristo.

E qual é a razão desse fascínio?

Todo homem é inconscientemente o que o Cristo é conscientemente - e o que ele é potencialmente.

A fascinação que se sente diante do Cristo é a visão do próprio Eu humano, se fosse plenamente realizado.

Esse Eu do Cristo interno, sempre realizável e sempre realizando, e jamais realizado.

O próprio ego humano é fascinante quando se compara com a visão longínqua do Eu crístico, assim como é fascinante a planta dormente na semente.

O homem sente o anseio de ser explicitamente o que ele é apenas implicitamente, assim como ele contempla o seu “sopro divino” embrionário na adultez da “imagem e semelhança de Deus”. Vislumbrando o que ele poderia ser e ainda não é.

“Vocês farão as mesmas obras que eu faço, e farão obras maiores do que estas”.

Fascinantes palavras!

Soam como sinos a tanger em praias longínquas.

Como convites para uma solenidade transcendental.

Como enlevos de amor mesclados de dor.

Como uma alvorada de luz num ocaso de trevas.

O Cristo-amor é um auto amor em outra dimensão.

É amar o Cristo interno no Cristo eterno.

Todo o auto amor, que parece amor externo, é um Divino amor.

Agora se vislumbra em espelho e enigma o que se espera encontrar face a face.

Toda a fascinação do Cristo é uma auto fascinação em ínfima potência.

É uma resposta à eterna pergunta: Que é o homem?

Texto revisado extraído do livro QUE VOS PARECE DO CRISTO? 

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