A teoria, no ensaio abaixo, escrito por Huberto Rohden, cuja primeira edição em livro se deu em 1980, se refere às aparições de estranhos objetos suspensos ou em movimento no espaço da atmosfera que circunda a Terra, desde tempos imemoriais, inclusive fazendo parte da impressão em desenhos e gravuras rupestres milenares espalhadas pelo planeta em cavernas e rochas.
O que se tem notado, tanto do público como governos e entidades cientificas, que o ser humano não está a sós no vasto Cosmos, e é uma tremenda ingenuidade pensar que nos Universos – pois é incalculável o número de galáxias – somente a Terra tem o privilégio de receber vida inteligente, tanto humana como não humana, considerados estes, com suas surpreendentes habilidades, os únicos a habitar o espaço sideral.
As entidades científicas e governos, além do público em geral, guardam milhares de arquivos provando a existência de objetos voadores não identificados, sobrevoando a Terra de tempos em tempos. Mais notadamente, nos tempos atuais.
Infelizmente, não se pode esperar essa aproximação na teoria de integração do Eu no ego, da ética na técnica, da ciência na consciência, como apregoa Rohden, para que esses seres se sintam à vontade para o contato, pois longe caminha a humanidade para uma plena solidariedade planetária já que nem mesmo os indivíduos se entendem.
O que se pode especular, talvez, é o seguinte: se sabe que o planeta vem sofrendo desde sua formação, constante mudanças sísmicas, pois a Terra é um trabalho ainda em progresso; tem o seu eixo de rotação inclinado; gira em torno de si a uma velocidade aproximada de 1700 km/h e em torno do sol a 110,000 km/h; sofre diariamente da atividade exploradora do homem; mudanças climáticas provocando desastres; geleiras e polos se derretendo e movendo incalculáveis massas de água; os impactos das guerras com os experimentos de bombas de altíssima potência, atômicas ou não, onde algumas penetram no solo e só depois explodem; as milhares de toneladas de lixo espacial a comprometer as comunicações, etc., todos esses fatores podem contribuir para uma desestabilização física do planeta, e de sua trajetória, provocando uma possível mudança nessa harmonia e comprometimento do próprio sistema solar. E, numa reação em cadeia, desarmonizar um segmento da própria galáxia.
Será que os visitantes extraterrestres não estão se aproximando para advertir a humanidade do risco que corre se não se integrar na harmonia universal?
“Hoje em dia, se pode admitir como altamente provável, para não dizer certa, a existência de outros seres conscientes, em outras regiões do Universo.
No passado, a Terra era considerada como o centro do Universo, quando se sabe desde há muito tempo que ela é apenas uma partícula insignificante do Cosmos.
E este foi, portanto, o primeiro golpe sofrido pela vaidade cosmocêntrica do homem.
Hoje em dia, a humanidade está em vésperas de sofrer um golpe ainda maior, em saber que os seres humanos não são os únicos a habitar o vasto Cosmos. E que a humanidade não é nem mesmo a mais evolvida, pois tudo faz crer que ela ainda é uma espécie de jardim de infância do Universo, corporalmente, mentalmente, espiritualmente.
As palavras do Cristo Jesus sobre as “muitas moradas na casa do Pai” assumem aspecto cada vez mais plausível.
É bem possível que esta probabilidade lógica venha a tornar-se, em breve, certeza científica.
A pergunta referente aos tais “discos voadores” é esta: Por que é que eles não entram em contato direto com os habitantes da Terra?
Tudo faz crer que os visitantes planetários ou espaciais esperam por uma oportunidade da parte dos humanos, pois não podem ainda revelar os segredos da superioridade da sua ciência e técnica, enquanto a ética humana - deploravelmente egoísta e gananciosa - não se igualar à sua ciência e técnica.
Diante do que os visitantes cósmicos sabem dos humanos, eles estão convencidos de que a humanidade não está em condições de tomar conhecimento, e sem prejuízo, da avançada ciência e técnica dos extraterrestres, pois até nossos dias, quase todas as conquistas tecno científicas dos homens foram empregadas para destruir e não para construir; mais para o mal do que para o bem da humanidade. A inteligência humana progride a passos de gigante, enquanto a consciência rasteja tão lenta como um verme.
Quando a ética igualar a técnica, quando a consciência caminhar par a par com a ciência, é que os demais habitantes cósmicos entrarão em contato direto com a Terra e revelarão o mistério do seu progresso.
Quem é o homem telúrico até hoje? Nada mais que um animal... uma fera ligeiramente intelectualizada que perverteu o seu instinto pela inteligência luciférica. A humanidade que se conhece, não é, de forma alguma, “feita à imagem e semelhança de Deus,” a que se refere o Gênesis. Não se pode ver nos humanos, a “coroa da creação” - nesse animal bípede cuja inteligência o tornou o mais perigoso animal do planeta, pois a vasta maioria ainda vive a se rastejar pelas planícies estéreis da mediocridade. A intelectualização do instinto fez dos homens uns monstros de ganância e agressividade, cujas garras e dentes se aperfeiçoaram na forma de armas de destruição em massa, fazendo dessa intelectualização, uma repugnante caricatura de sexualismo libertino e um inferno de doenças físicas e mentais, que nenhum outro ser da natureza conhece ou experienciou.
O homem não superou a sua inteligência negativa pela razão positiva; ainda se coloca na esfera da inteligência e não a da razão como afirmou Teilhard de Chardin... ele é um animal inteligente, mas não racional, que é um fenômeno raro entre os humanos, pois o homem racional é uma entidade esporádica na Terra.
E essa é a razão porque os vizinhos cósmicos não podem ainda entrar em contato direto com os telúricos.
E o que fazer então?
Nada se pode esperar de governos nem das igrejas, que só tratam de instrução ou de moralização, pois são entidades físicas que se movem no plano horizontal do ego e não se interessam pela dimensão vertical metafísica do Eu. Nenhum dos governos do planeta se interessou pela educação da consciência, mas tão-somente pela instrução na ciência – mas a ciência não torna o homem melhor; nenhum dos grandes malfeitores da humanidade foi analfabeto.
Muitos julgam que as igrejas cristãs sejam educativas e tornem o homem melhor. Na realidade, as teologias do clero de todas as igrejas são apenas moralizantes e não educativas. Querem que o homem seja moral para ser premiado depois da morte – como se a moralidade praticada por esperança de prêmio ou medo de castigo não fosse um egoísmo disfarçado e antipedagógico. Consequentemente, nada se pode esperar dos poderes civis e religiosos.
Só resta à humanidade a realização por si mesmos, descobrindo o caminho individual através da selva da vida terrestre, prosseguindo como viajores solitários, abrindo caminhos na mata virgem, ou trilhos em intransitáveis desertos.
Felizmente, cada ser humano tem dentro de si a bússola divina da sua consciência, essa locutora da voz do Infinito. Resta, portanto, ouvir a voz silenciosa do Eu central e seguir o rumo indicado por essa agulha magnética.
A mensagem de Jesus foi deturpada pelos teólogos cristãos – mas dentro de cada homem continua, dormente ou desperto, o Cristo interno, porque toda a alma é crística por sua própria natureza.
Se o Eu crístico integrar em si o ego luciférico, se a ética igualar a técnica, se a ciência se integrar na consciência, então se poderá receber a visita dos vizinhos planetários ou espaciais.
E que sejam benvindos, amigos planetários e espaciais.”
Texto revisado e em parte extraído do livro O HOMEM
No comments:
Post a Comment