Friday 10 September 2021

REALIZANDO O ESPÍRITO CRÍSTICO

O Amor Universal Crístico, é a denominação cósmica do amor que é livre de quaisquer amarras, religiões, raças, aspectos doutrinários ou filosóficos, independente de interesses particulares ou de grupos. O homem crístico ama a todos, não é sectário, mas universal. É solidário e fraterno, receptivo aos diversos caminhos que o levam ao Alto, ao encontro com a Divindade.

O Cristo Jesus – um dos maiores representante desse amor - em nenhum momento foi separatista, e nunca fundou igreja ou instituiu o sacerdócio. Ele nunca pertenceu a qualquer carreira eclesiástica oficializada, o que até hoje desagrada os religiosos; ensinou as verdades divinas que podem transformar o mundo, estando fora de qualquer clero; foi independente, universalista, tendo reunido como continuadores de seu sublime ministério, os humildes pescadores. Para ele, o verdadeiro sacerdócio dependia da bondade dos sentimentos e das obras concretamente realizadas.

Jesus nada exigiu para alcançar a perfeição. O sacrifício pedido era aquele que despedaçava o orgulho, as vaidades e as paixões. É espírito, sentimento e coração: nada de bodes expiatórios, nada de oferendas, rituais, observâncias, nada de demonstrações externas. Seu código religioso é a bondade e a moral, que devem ser exercitadas. Não é a adoração exterior, a homenagem, a força dos mistérios ocultos que elevam o ser, e sim o culto íntimo de cada um validado pelas obras realizadas. Ele respeitava todas as formas de cerimônias, porém, como terapeuta cósmico, médico das almas, não receitava nenhuma cerimônia como essencial para a perfeição e o merecimento do espírito.

Os seres humanos ainda não conseguem se despojar das formas, das exterioridades, dos instrumentos da fé. O Evangelho não as condena, e é possível fazê-las sem contrariar os ensinamentos de Jesus. Devem ser realizadas como meio de culto ao verdadeiramente espiritual, estimulando a introspecção e a veneração interior da Divindade, e não como premissa de obrigação essencial para a salvação das almas ou como prerrogativa de qualquer instituição religiosa.

Jesus sempre valorizou as boas obras, as realizações. E tanto é verdade, que ele nunca esteve ligado a nenhum templo, sendo toda a sua realização - enquanto esteve na Terra - no campo, no meio do povo, ao relento e sujeito às intempéries da natureza. O seu templo era o Cosmos, o Universo; a abóbada celeste o seu sustentáculo; sua cátedra as elevações montanhosas, e o seu altar era o seu amor por todos que o cercavam.

E realizar o espírito crístico, é amar desinteressadamente, elevar-se pelo sacrifício próprio, caminhar com igualdade e fraternidade entre os seus semelhantes; oferecer o culto interno de veneração às Potências Cósmicas; preponderar no coração o sentimento de humildade; saber da sua falibilidade como criatura imersa no grosseiro corpo da carne; por conquista individual, ser comprometido com a verdade e ter Deus interiorizado por mérito de suas boas obras.

O Cristo Jesus, quando chamava os justos à sua direita, falava: “Porque destes de comer ao faminto, e de beber ao sedento, e ao peregrino hospedastes, e vestistes o desnudo, e visitastes o enfermo e o encarcerado, vinde, abençoados de meu Pai.” 

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