Era tanto material como astral – se por astral entendemos um estado de pura energia.
A ciência de hoje não admite mais a diferença essencial entre material e astral, pois ela é altamente monista ou unitária: os elementos da química na Tabela Periódica, que ocorrem naturalmente, de que são formadas todas as coisas, são fundamentalmente luz, luz cósmica, invisível. A luz é a mais alta vibração do universo conhecido. Quando a luz cósmica diminui de vibração, aparece a luz visível das estrelas e dos sóis. Quando a luz continua a diminuir de vibração, aparece a energia (astral). E, quando a energia passa a ser passiva ou inativa (congelada), aparece a matéria perceptível.
Segundo a ciência de hoje, a luz cósmica é a mais alta forma da substância, e a matéria é o estado mais baixo.
Quanto maior é a vibração, tanto mais real é algo – e quanto menor a vibração, tanto menos real ela é.
A substância menos real que a ciência conhece é a matéria, a substância mais real é a luz.
O que é pouco real é visível, audível, tangível – o que é muito real é imperceptível.
Um espírito da alta potência, como o do Cristo, tem o poder de modificar a vibração conforme sua conveniência. Quando o Cristo encarnou na pessoa de Jesus, ele se vestiu de um corpo material a fim de poder ser visto, ouvido e tocado pelos homens.
De vez em quando, ele isentava seu corpo das leis da visibilidade e da gravidade; andava sobre as águas e flutuava no ar, isento de gravidade; tornava-se invisível, quando julgava conveniente.
Esse estado sem gravidade e visibilidade pode ser chamado corpo astral, energético ou bioplásmico, que irradia energia.
A diferença entre luz, energia, matéria, não é de essência, mas de grau.
Depois da ressurreição, Jesus desmaterializava o seu corpo, tornando-o insensível e invisível. Só de vez em quando o tornava visível, para poder ser visto, ouvido e tocado por seus discípulos.
Na ascensão, Jesus tornou o seu corpo invisível, cheio de luz em sua glória total, e no dia do Pentecostes, o Jesus cristificado se revelou aos 120 discípulos através de fenômenos perceptíveis de luz; esse estado é chamado de carismático. A palavra grega charis e charisma quer dizer graça, beleza, força e indica uma maravilhosa síntese de matéria e luz como harmonia entre o visível e o invisível.
Nesta forma carismática, Jesus apareceu na gloriosa manhã do domingo de Pentecostes, dez dias depois da sua ascensão, provavelmente no dia 30 de maio do ano 33, onde ele fez eclodir o Eu divino dos 120 discípulos, após uma longa incubação de três anos e uma intensa introspeção de 9 dias de silêncio e meditação. Essa metamorfose deles era um estado permanente de consciência e de vivência do Cristo interno.
Esta comunhão do Cristo carismático, prenunciada simbolicamente pelo Jesus eucarístico da última ceia, foi o verdadeiro nascimento do Cristo e o início do cristianismo autêntico, a alvorada do reino de Deus na terra.
A cristandade celebra, há pouco mais de dois milênios, o nascimento de Jesus em Belém, e a eucaristia de Jesus em Jerusalém – mas não compreendeu ainda o nascimento do Cristo e a comunhão do Cristo carismático, ocorridos no domingo de Pentecostes, quando encheu de verdade e de graça os seus verdadeiros mensageiros. Algum dia, talvez daqui a milênios, a nova humanidade centralizará a sua liturgia e os seus festejos em torno do nascimento e da comunhão do Cristo carismático.
E haverá um novo céu e uma nova terra.
Texto revisado, extraído do livro Que Vos Parece do Cristo?
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