Wednesday 10 February 2021

PENSAR – OU REPETIR?

A vasta maioria dos sistemas atuais de educação, têm a tendência de criar repetidores de pensamentos alheios, em vez de pensadores autônomos. Os estudantes devem decorar e repetir o que os livros e professores dizem, sem saberem, por si mesmos, discriminar o verdadeiro e o falso.

Estamos na era dos “cérebros eletrônicos” … E agora também na era das inteligências artificiais, onde o futuro parece um mistério, carregado de incertezas, de apreensão e medo, diante do até onde o homem-ego pode chegar.

E com isto enchemos o mundo de autômatos humanos, reatores atômicos, cuja reação corresponde mecanicamente à ação. Em face do poder dos meios de comunicação comercial, o homem perdeu quase totalmente o critério próprio; compra o que esses meios insinuam tão violentamente, que ele fica convencido de que necessita aquilo que apenas deseja.

--- A Natureza é creadora, onde nada se aniquila, nada se perde e tudo se transforma, mas não se pode dizer o mesmo do homem moderno, que praticamente só faz cópias, mas não apresenta nada de novo em criatividade. O homem moderno vive da observação do comportamento dos outros e nele se identifica, se mantém nessa postura, se adapta e o pior ... se ajusta a isso!

O homem que integra o seu pensamento e sua mente no seu Eu divino e que tem a coragem de viver as suas ideias e morrer por seus ideais, que se libertou da onda asfixiante de todas as circunstâncias que se juntam para o aniquilar e domina as investidas do ego tirânico, e combate o bom combate, não apenas com o objetivo de vencer, mas pelo delicioso encantamento da própria batalha; esse homem integral é creador; produz novos valores; enriquece o mundo com experiências inéditas. Não é simples repetidor – é poderoso creador.

Todo progresso verdadeiro da humanidade se baseia em dois princípios:

A) conformidade; tradição,

B) não-conformidade; evolução.

O homem deve aceitar do acervo do passado o que nele há de verdadeiro e bom – e não permanecer prisioneiro desse passado, na tradição - deve acrescentar do tesouro do presente e do futuro o que nele há de verdadeiro e bom.

E essa fusão do verdadeiro e do bom, quer do passado, quer do presente e do futuro, resulta no belo universal.

Henry Ford, famoso industrial do passado, afirmou que: “Pensar é o trabalho mais pesado que existe, e talvez seja por essa razão que existam tão poucos se dedicando à arte de pensar”.

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