A presença humana neste planeta não é uma mera coincidência, foi perfeitamente planejada e destinada a ser como é, tudo seguindo uma ordem e correlação Divina, e quase sempre, muito difícil de ser compreendida pelo homem profano, mesmo porque ele ainda se encontra na escola primária dos conhecimentos da ordem espiritual, e alheio aos desígnios da ordem cósmica.
Para melhor compreender o Propósito Divino das experiências que o homem enfrenta na Terra, três possíveis razões poderão ser estabelecidas:
1. Todas as experiências pelas quais o ser humano atravessa em sua curta existência o convida ao despertar de sua consciência e a evolver, não importando se essas experiências causam sofrimento ou satisfação, o propósito fundamental é a evolução espiritual, pois o Universo conspira a favor do homem, em todas as circunstâncias, pois sem resistência, não pode existir essa evolução.
2. Segundo as palavras de Jesus: “Vós sois deuses”, ou segundo Tertuliano: “A alma humana é crística por sua própria natureza”, o ser humano é um ser divino e onipotente, e a sua peregrinação nesta dimensão o leva a tomar consciência de sua divindade.
3. As dificuldades da vida permitem avaliar até onde o homem pode chegar, convidando-o à introspecção, ao conhecimento de si mesmo, à descoberta de seus recursos mais valiosos, suas competências, despertar valores e virtudes adormecidos, pois o sofrimento, que é a constante histórica da sua jornada existencial, é o fator que mais o faz evolucionar espiritualmente.
Para poder dar sequência aos desígnios do plano cósmico, a constância do fenômeno nascimento e morte, estimula a descoberta de limitações e desafios a enfrentar, e consequentemente, superada a etapa anterior, ocorre a transformação e a vibração em uma sintonia mais elevada. 1
Nessa superação, onde os modelos ou padrões de conduta anteriores foram rompidos pela abertura das algemas do passado, ocorre a libertação e a incorporação de novos valores, forças, virtudes, talentos e novas capacitações, fazendo assim o homem despertar para uma melhor versão de si mesmo, dando à essa sequência o rumo ao seu estado divino.
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1)- O fenômeno da morte e suas consequências, é ainda desconhecido pelo homem não espiritual, dado ao horror que lhe desperta essa circunstância. E daí, a ânsia de continuar vivendo. No entanto, assim como a peregrinação à vida eterna ocorre, desde que sejam realizadas boas obras nesse processo, o caminho inverso, ou à morte eterna, também é possível, quando se reincide no mal, portanto, sem possibilidade de indulto e a desintegração no éter.
No Evangelho, onde em Mateus 7:19, narrando a vida e a doutrina de Jesus, aparece essa premissa de danação: “Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo.” Assim, anunciando o destino da alma que vive obstinada no mal.
Segundo Huberto Rohden: “A reencarnação só se realizaria no caso que o homem desencarnado alimentasse fortes desejos materiais, pelo fato de não ter creado, durante a sua existência terrena, suficiente sabedoria espiritual para lhe garantir compatibilidade com um ambiente superior à matéria física, em outras dimensões do Cosmos.
Um materialista, quando fora da matéria, materializa o seu desejo de regressar à matéria, enquanto fora da matéria não encontra ambiente propício para a sua felicidade.
A reencarnação, portanto, é a concretização de um desejo intenso e constante – mas não pode ser considerada como único meio de alguém saldar o seu débito negativo, contraído em uma existência anterior. O pagamento desse débito é possível em qualquer estágio evolutivo, mesmo fora da matéria física, uma vez que a base desse débito não está na matéria, mas no nível mental do homem.
A verdadeira evolução ou auto-realização, não é um fato que aconteça ao homem – mas é uma conquista que o homem realiza.”
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