Tuesday 23 March 2021

VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO

O que Einstein, esse famoso cientista universal, místico, visionário, humanista, pacifista, provou em sua ciência analítica no século XX, Moisés, com sua sabedoria intuitiva já sabia, aproximadamente quinze séculos antes do nascimento de Jesus, já que no princípio do Gênesis, ele afirma que no primeiro período, Deus creou a luz, mas não a luz do sol e outros astros, que, segundo ele, apareceram só no quarto período, pois Moises fala da luz cósmica, invisível, que se materializou irradiando de todos os outros corpos celestes do Universo.

Seja nas páginas do Gênesis, escritas há mais de 3500 anos antes de nosso tempo - no final da Era do Bronze - seja no século atual, os estudiosos afirmam que a luz é o Alfa e o Ômega de todas as coisas finitas; o Alfa porque tudo é gerado pela luz, e Ômega, porque tudo é iluminável.

O Jesus cósmico afirma que ele é a luz do Cosmos, não no sentido físico, mas na visão metafísica; “antes que o mundo existisse, eu sou”, ele diz na sua oração de despedida, na santa ceia.

E afirma que todo homem é essencialmente essa mesma luz cósmica, e que nele já estava manifesta, brilhando no alto do candelabro da sua consciência espiritual, enquanto que no homem profano ela ainda é opaca e está oculta pelo cisco do ego tirânico e da ignorância que trava seus olhos, além da arrogância que se manifesta no ignorante, quando contrariado. Quando Jesus diz: “Eu e o Pai somos um, o Pai está em mim”, logo acrescenta: o “Pai também está em vós”; e quando afirma: “Eu sou a luz do mundo”, logo completa: “vós também sois a luz do mundo”.

Certos teólogos, ainda confusos na ilusão de suas vulgaridades, não admitem que o ser humano seja formado pela mesma essência da substância divina do Pai; querem que Jesus seja “gerado”, nascido da substância única e homogênea da Divindade, e que nós sejamos “feitos” da diversidade heterogênea, não nascidos de Deus, mas creados por ele. No entanto, essa teologia contradiz frontalmente ao Evangelho e às palavras explícitas de Jesus, contradizendo até as palavras de que Paulo de Tarso disse aos filósofos do Areópago: “Nós somos de estirpe divina”.

Não há nenhum panteísmo blasfemo nessa concepção da substância crística de todos os homens. A substância única e homogênea não se refere à existência humana finita, mortal, mas à essência infinita, e, porque o homem é finito, ele é infinitamente inferior à divindade, e quando ele erra e peca, não é Deus que erra ou peca, é o seu ego tirânico humano, que não é igual a Deus.

Quando se afirma que o homem finito é infinitamente inferior à divindade, confere ao que Einstein disse em uma de seus encontros acadêmicos, de que: “Todo aquele que está seriamente envolvido na busca da ciência, é convencido de que um espírito é manifestado nas leis do Universo, o qual é muitíssimo superior ao do homem”. E essa  é uma afirmação perfeitamente coerente, pois se existem leis no Universo, elas só podem ter sido creadas por uma potência legisladora cósmica, potência essa, que a vasta maioria dos homens reluta em ter fé nessa Realidade!

A tarefa do homem consiste em fazer de seu ego humano existencial uma perfeita imagem e semelhança do seu Eu divino essencial. Assim como o Eu divino de Jesus fez do seu ego humano um perfeito veículo do seu Cristo cósmico, assim deve todo Eu crístico do homem transformar o seu ego humano num perfeito veículo e agente do seu Verbo, e que se fez carne e habita em cada um.

“Toda alma humana é crística por sua própria natureza”.

Portanto, a missão do homem é revelar através do prisma da sua humanidade multicolorida, a luz incolor e divina de Jesus.

A personalidade humana pode servir como um impedimento e se opor à intensidade da luz divina, em vez de ser arrebatado por ela, enquanto ainda rasteja pelas planícies áridas da mediocridade - mas pode também servir como prisma triangular para difundir beneficamente essa luz incolor na diversidade multicolor da humanidade. O prisma triangular humano - alma, mente e corpo - pode fazer da luz incolor do Verbo um difusor transparente de belezas multicolores, em vez de funcionar como um obstáculo para a invasão dessa luz.

Texto revisado extraído do livro Sabedoria das Parábolas

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