O pecado é uma voluntária inversão das leis eternas. Essa inversão só acontece pela ilusão que o ego tirânico provoca no homem. Mas, quando a verdade do Eu supera a ilusão do ego, surge então a redenção do homem; portanto, o pecado é a vitória do nosso ego luciférico e a derrota do nosso Eu crístico ... o sibilo da serpente, derrotando o sopro de Deus. Quando no primeiro homem a serpente do ego derrotou o sopro divino do Eu, o homem cometeu o primeiro pecado, porque as imutáveis leis cósmicas exigem a vitória do Eu sobre o ego.
Pecado e redenção são atributos da própria
natureza humana; o homem é derrotado pelo seu ego, e é vitorioso pelo seu Eu,
e, graças a seu livre arbítrio, o homem é responsável tanto por sua derrota ou
pecado, como por sua vitória ou redenção. Tanto o Lúcifer como o Logos, tanto o
diabo da perdição como o Cristo da redenção, estão dentro do homem, e compete
ao homem fazer triunfar o seu Eu crístico sobre o seu ego luciférico. O Lúcifer
interno e o Cristo interno do próprio homem são os fatores do pecado e da
redenção.
O ego pecador deve sofrer pela inversão das leis
divinas em sua natureza humana; deve integrar-se voluntariamente no Eu Divino,
e, como toda a integração do ego no Eu equivale a uma desintegração do ego, o
homem não pode redimir-se sem essa morte do ego.
--- “Na verdade, na verdade vos digo que,
se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só (ego); mas se
morrer, dá muito fruto (Eu).” Joao 12:24
--- “Aquele que não tem ideia de “eu” e
“meu” tanto para sua mente e corpo, aquele que não se entristece por aquilo que
ele não tem, ele é, de fato chamado aquele que vive uma vida santa,
transcendendo tanto mérito e demérito, e caminha com compreensão neste mundo.” Dhammapada
367
--- “São livres para sempre todos que
renunciam aos desejos egoístas e rompem com o ego-jaula do “eu sou” e “isto é meu”
vão estar unidos com o Senhor. Alcançar isso, é passar da morte para a
imortalidade.” Bhagavad Gita 2,71
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