Monday 9 August 2021

POR QUE SEGUIMOS GUIAS ESPIRITUAIS?

Em última análise, quem se entusiasma por um guia espiritual, entusiasma-se por seu próprio Eu divino ou Cristo interno, porque, potencialmente, todo homem é um guia espiritual.

Dentro de cada um de nós dormita um gênio metafísico e místico. Quando aparece no plano objetivo um gênio espiritual, nós sentimos, na inconsciente profundeza da nossa natureza humana, que esse gênio espiritual somos nós em estado embrionário; percebemos o eco de uma voz longínqua, as vibrações de uma luz, o calor de um fogo que também está em nós, porém de forma ainda implícita, quando naquele gênio espiritual esse fogo já arde explicitamente. Todo combustível é fogo potencial, assim como o fogo é combustível em estado dinâmico.

“Se o olho não fosse solar – diz Goethe – jamais poderia contemplar o sol.”

Da mesma forma, se a alma não fosse divina ou crística, jamais poderia responder à voz de Deus ou do Cristo. Por isto, o crístico da alma humana entra em vibração quando outra alma, já em adiantado estado de cristificação, aparece no cenário – assim como a semente, no fundo da terra, começa a vibrar quando percebe, em plena escuridão, as misteriosas vibrações do calor solar.

Em última análise, o nosso guru ou guia espiritual externo é o nosso Eu divino ou nosso Cristo interno, personificado casualmente no mestre A, B ou C.

Texto revisado, extraído do livro Ídolos ou Ideal?

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