Tuesday 29 December 2020

O PAPAI ESTÁ NO LEME

Em princípios de 1925, por sugestão de seus superiores eclesiásticos, Rohden partiu para a sua primeira viagem à Europa afim de se aprimorar nos estudos em Filosofia e Teologia, aliás, um sonho alimentado há anos e que foi com íntima satisfação que ele recebeu aquela oportunidade.

O relato abaixo é de um incidente ocorrido durante a travessia do oceano Atlântico, e que veio colocar seu pensamento na questão da fé, um sentimento que age como um vetor, uma ponte de ligação entre o desejo na realização de algo ou de um ideal, e a materialização desse sentimento.

Diz Blaise Pascal que: “a fé é diferente da prova; a prova é de interesse humano, mas a fé é um dom de Deus. Na fé há luz suficiente para aqueles que querem acreditar na fé e sobra suficiente para cegar os que não tem fé.”

“Minha experiência de vida veio a confirmar que um pensamento ou desejo longamente alimentado no subconsciente e firmemente acreditado acaba, cedo ou tarde, por se tornar realidade concreta no plano objetivo. Desce, por assim dizer, das alturas do mundo puramente ideal para o plano do mundo real. Real? Não! Antes de se concretizar em forma materialmente palpável, aquilo já é real, universalmente e idealmente real, mas nessa forma de realidade pré-material não é perceptível por nossos primitivos órgãos dos sentidos. É um erro identificar o perceptível com o real, como fazem a escola empírica e o materialismo em geral. Se o ideal não fosse real antes de se materializar, nunca passaria a ser real. Não há transição do irreal para o real; há tão somente vários estágios do real, o seu estado amorfo ou universal, e o seu estado materializado ou individual.

Ora, acreditar no vasto poder do subconsciente, na realidade de uma coisa, é obrigar essa coisa a descer do nível ideal para o nível material. “Tudo é possível àquele que tem fé,” dizia o maior dos realistas...”

E segue Rohden descrevendo parte de sua viagem e em particular um incidente durante a travessia pelo Golfo de Biscaia, que mostra onde a fé se materializa.

“O navio em que viajávamos teve que enfrentar no Golfo de Biscaia, uma tempestade que zomba de toda descrição e que, por um triz, no entender dos passageiros, quase afundou nosso navio. Logo ao clarear o dia, percebemos que as 16.000 toneladas do nosso vapor alemão “Wesser” encurvava doidamente sobre movediças montanhas d'água, ou desciam, emitindo um ruído de gargarejo, a enormes vales líquidos, ora empinando a quilha às nuvens, ora erguendo hélices e leme fora d'água e sacudindo ruidosamente aquele monstro de ferro, feito ridícula casquinha de noz, à mercê dos elementos em fúria. Os uivos sinistros da tempestade, o selvagem bramido das vagas brancas, o agudo sibilar da ventania através de mastros e cordames, os roncos cavernosos das chaminés, o lúgubre ranger das máquinas do porão com pressão máxima - tudo isto convertia num inferno macabro a nossa ilha flutuante.

Como são frágeis, em face das potências da Natureza, as mais possantes obras da técnica humana.

Desde pequeno, sempre gostei de tempestades, de chuvas torrenciais, de relâmpagos e trovões ... Algo grandioso despertava dentro de mim, no meio das grandiosidades da Natureza ... Que estranha afinidade haveria entre o microcosmo do meu Eu humano e o macrocosmo desse estupendo universo? ... “Gefaehrlich leben” (viver perigosamente), disse Nietzsche, é a mais fascinante essência da vida humana, o inebriante elixir duma existência intensamente vivida ...

Para melhor apreciar o grandioso espetáculo, consegui subir até a ponte de comando – sem antes ser apanhado por um jorro de água salgada, que me derrubou ao interior da cabine do piloto, defendida por maciças paredes de vidro.

No meio da quase geral deserção dos passageiros, que se refugiavam nas cabines, encontrei no convés um garotinho de 5 a 6 anos, a contemplar tranquilamente a tormenta e cantarolando em voz baixa, uma canção; de vez em quando dirigia gracejos ao mar, como se o mar fosse um gatinho travesso, e lhe perguntei se não tinha medo dessa enorme barulheira.

“Nein” - respondeu em tom marcial – “Papa ist am Steuer” - não, papai está no leme.

Ele era filho do primeiro piloto!

Me pareceu que essa criança, calma e tranquila no meio da tormenta, fosse a personificação da fé e confiança do homem que, por entre as tempestades da vida, confia integralmente na Providência de Deus. Para essa criança, o pai era onipotente; ventos e mares bravios nada podiam contra ele; ao lado do pai, ele se sentia perfeitamente seguro; podia até cantar, despreocupado, e desafiar os elementos adversos. “Papai está no leme,” era para esse menino a mais completa profissão de fé em um poder invencível. “Homens de pouca fé,” foi a mais frequente censura que Jesus fez a seus discípulos. A fé é o caminho para todas as grandezas, enquanto a falta de fé é o caminho para todas as falências.

A fé verdadeira é uma experiência íntima, um compreender e saber intuitivo, uma invasão ou eclosão do mundo divino no homem, como uma linha vertical que vem de alturas desconhecidas e vai a misteriosas profundidades; a fé é um contato direto entre Deus e o homem, por mais inexplicável que seja esse contato. Tudo que é anterior a essa fé é, por assim dizer, horizontal, humano. Nesse nível preliminar é o homem que age e produz; mas, quando essa misteriosa linha vertical corta a horizontal, é Deus que age e produz, suposto que o homem se tenha tornado receptivo para essa invasão do mundo divino.

Muitas vezes, a ingênua sabedoria dos simples é maior que a orgulhosa ciência dos eruditos! O sábio sabe que nada sabe - o ignorante ignora a sua própria ignorância ... Sempre é preferível saber da sua falta de conhecimento, do que ignorar a sua ignorância ... Nunca aprendemos melhor do que quando estamos convencidos de que o nosso saber é apenas uma gota d’água no oceano de nossa ignorância ...”

Texto revisado e em parte extraído do livro Por Um Ideal, volume I    

PAPÁ ESTÁ EN EL TIMÓN

A principios de 1925, por sugerencia de sus superiores eclesiásticos, Rohden partió para su primer viaje a Europa con el fin de perfeccionar sus estudios de Filosofía y Teología, de hecho, un sueño que se había nutrido durante años y que era con profunda satisfacción que recibió esa oportunidad.

El siguiente relato es de un incidente que ocurrió durante el cruce del Océano Atlántico y que vino a poner sus pensamientos sobre la cuestión de la fe, un sentimiento que actúa como un vector, un puente entre el deseo de lograr algo o un ideal, y de la materialización de este sentimiento.

Dice Blaise Pascal que: “la fe es diferente de la prueba; la prueba es de interés humano, pero la fe es un regalo de Dios. En la fe hay suficiente luz para aquellos que quieren creer en la fe y suficiente para cegar a los que no tienen fe”.

“La experiencia de mi vida ha llegado a confirmar que un pensamiento o deseo que se alimentó durante mucho tiempo en el subconsciente y se creyó firmemente, eventualmente se convierte en una realidad concreta en el plano objetivo. Desciende, por así decirlo, desde las alturas del mundo puramente ideal al plano del mundo real. ¿Real? ¡No! Antes de que se materialice en forma materialmente tangible, ya es real, universal e idealmente real, pero en esta forma prematerial de realidad no es perceptible por nuestros órganos sensoriales. Es un error identificar lo perceptible con lo real, como lo hacen la escuela empírica y el materialismo en general. Si el ideal no fuera real antes de que se materializara, nunca se volvería real. No hay transición de lo irreal a lo real; solo hay varias etapas de lo real, su estado amorfo o universal, y su estado materializado o individual.

Ahora, creer en el vasto poder del subconsciente, en la realidad de una cosa, es forzarlo a bajar del nivel ideal al material. “Todo es posible para el que tiene fe”, dijo el mayor de los realistas ... “

Y sigue a Rohden describiendo parte de su viaje y, en particular, un incidente durante el cruce del Golfo de Vizcaya, mostrando dónde se materializa la fe.

“El barco en el que viajamos tuvo que enfrentarse al Golfo de Vizcaya, una tormenta que se burló de toda descripción y que, a los ojos de los pasajeros, casi hundió nuestro barco. Cuando amaneció, nos dimos cuenta de que las 16,000 toneladas de nuestro vapor "Wesser" alemán se curvaban locamente sobre montañas de agua cambiantes, o descendían con un ruido gorgoteante hacia enormes valles líquidos, a veces levantando la quilla hacia las nubes, a veces levantándose hélices y timón fuera del agua y sacudiendo ruidosamente ese monstruo de hierro, hecho como una cáscara de nuez ridícula, a merced de los elementos furiosos. Los siniestros aullidos de la tormenta, el rugido salvaje de las olas blancas, el silbido del viento a través de mástiles y aparejos, los ronquidos cavernosos de las chimeneas, el crujido horrible de las máquinas del sótano con toda la presión, todo lo cual hizo de nuestra isla un macabro infierno flotante.

Cuán frágiles son las obras más poderosas de la técnica humana frente a los poderes de la naturaleza.

Desde que era niño, siempre me gustaron las tormentas, las lluvias torrenciales, los relámpagos y los truenos ... Algo grande despertó dentro de mí, en medio de la grandeza de la naturaleza ... ¿Qué extraña afinidad habría entre el microcosmos de mi ser humano y el macrocosmos de ese estupendo universo? ... “Gefaehrlich leben” (viviendo peligrosamente), dijo Nietzsche, es la esencia más fascinante de la vida humana, el elixir embriagador de una existencia intensamente vivida ...

Para apreciar mejor el gran espectáculo, logré subir al puente, sin ser atrapado primero por una avalancha de agua salada que me arrojó a la cabina, que estaba apoyada por enormes paredes de vidrio.

En medio de la deserción casi general de los pasajeros que se refugiaron en las cabañas, encontré a un niño de cinco a seis años en cubierta, contemplando en silencio la tormenta y tarareando una canción; de vez en cuando bromeaba en el mar, como si fuera un gatito travieso, y le pregunté si no tenía miedo de este gran ruido.

“Nein”, respondió marcialmente, “Papá es am Steuer”, no, papá está al timón.

¡Era el hijo del primer piloto!

Me pareció que este niño, tranquilo y pacífico en medio de la tormenta, era la encarnación de la fe y la confianza del hombre que, a través de las tormentas de la vida, depende totalmente de la Providencia de Dios. Para este niño, el padre era omnipotente; los vientos y los mares agitados no podían hacer nada contra él; al lado de su padre se sentía perfectamente seguro; incluso podía cantar despreocupado y desafiar los elementos adversos. “Papá está al timón”, fue para este niño la profesión más completa de fe en el poder invencible. “Hombres de poca fe”, fue el reproche más frecuente que Jesús hizo a sus discípulos. La fe es el camino hacia toda grandeza, mientras que la falta de fe es el camino hacia todas las bancarrotas.

La verdadera fe es una experiencia íntima, una comprensión y conocimiento intuitivos, una invasión del mundo divino en el hombre, como una línea vertical que proviene de alturas desconocidas y llega a profundidades misteriosas; la fe es un contacto directo entre Dios y el hombre, por inexplicable que pueda ser ese contacto. Todo lo anterior a esta fe es, por así decirlo, horizontal, humano. En este nivel preliminar es el hombre quien actúa y produce; pero cuando esta misteriosa línea vertical atraviesa la horizontal, es Dios quien actúa y produce, supuesto que el hombre se ha vuelto receptivo a esta invasión del mundo divino.

¡A menudo la ingenua sabiduría de lo simple es mayor que la ciencia orgullosa de los eruditos! Los sabios saben que nada saben - los ignorantes ignoran su propia ignorancia ... Siempre es mejor conocer su ignorancia que ignorar su ignorancia ... Nunca aprendemos mejor que cuando estamos convencidos de que nuestro conocimiento es solo una gota de agua en el océano de nuestra ignorancia ...”

DAD IS AT THE HELM

At the beginning of 1925, at the suggestion of his ecclesiastical superiors, Rohden left for his first trip to Europe to improve his studies in Philosophy and Theology, in fact, a dream that had been nurtured for years and it was with deep satisfaction that he received that opportunity.

The following account is of an incident that occurred during the crossing of the Atlantic Ocean which put his thoughts on the question of faith, a feeling that acts as a vector, a bridge between the desire to achieve something or an ideal, and the materialization of this feeling.

Says Blaise Pascal that: “faith is different from proof; the proof is of human interest, but faith is a gift from God. In faith, there is enough light for those who want to believe in faith and enough to blind those who have no faith at all.”

“My life experience has come to confirm that a thought or desire long nourished in the subconscious and firmly believed eventually becomes a concrete reality on the objective level. It descends, as it were, from the heights of the purely ideal world into the real-world. Real? Not! Before it materializes in a materially tangible form, it is already real, universally, and ideally real, but in this prematerial form of reality, it is not perceivable by our senses. It is a mistake to identify the perceivable with the real, as empirical school and materialism in general do. If the ideal were not real before it materialized, it would never become real. There is no transition from the unreal to the real; there are only various stages of the real, its amorphous or universal state, and its materialized or individual state.

Now, to believe in the vast power of the subconscious, in the reality of a thing, is to force that thing down from the ideal to the material level. “Everything is possible to the one who has faith,” said the greatest of realists…”

And Rohden follows describing part of his trip and in particular an incident during the crossing of the Bay of Biscay, an incident that shows where faith materializes.

“The ship we were travelling on had to face in the Gulf of Biscay, a storm that mocked all description and which, in the eyes of the passengers almost sank it. As the day dawned, we realized that the 16,000 tons of our German steam named “Wesser” to curve madly over shifting mountains of water, or descended with a gurgling noise into huge liquid valleys, sometimes raising the keel to the clouds, sometimes lifting propellers and rudder out of the water and noisily shaking that iron monster like a ridiculous nutshell, at the mercy of the raging elements. The ominous howls of the storm, the wild roar of the white waves, the shrill hiss of wind through masts and rigging, the cavernous snores of chimneys, the gruesome creaking of the machines with full pressure - all of which made our floating island a macabre hell.

How fragile are the most powerful works of human technique when facing the powers of Nature!

Since I was a child, I always liked storms, torrential rains, lightning and thunder ... Something great awakened within me, in the midst of Nature's greatness ... What a strange affinity there would be between the microcosm of my human self and the macrocosm of that stupendous universe? ... “Gefaehrlich leben” (living dangerously), said Nietzsche, is the most fascinating essence of human life, the intoxicating elixir of an intensely lived existence ...

To better appreciate the grand spectacle, I managed to climb to the bridge - without first being caught by a rush of saltwater that knocked me into the captain’s cabin, which was supported by massive glass walls.

In the midst of the almost general desertion of the passengers taking refuge in the cabins, I found a little boy of five to six years on deck, quietly contemplating the storm and humming a low song; from time to time, he would joke at the sea, as if the sea were a mischievous kitten and I asked him if he was afraid of this great noise.

“Nein,” he replied martially. “Papa ist am Steuer” - no, Dad is at the helm.

He was the son of the first pilot!

It seemed to me that this child, calm and tranquil in the midst of the storm, was the embodiment of the faith and trust of a man who, through the storms of life, relies wholly on God's Providence. To this child the father was omnipotent; winds and rough seas could do nothing against him; besides his father, he felt perfectly safe; he could even sing carefree and challenge the adverse elements. “Dad is at the helm” was for this boy the most complete profession of faith in invincible power. “Men of little faith”, was the most frequent reproach Jesus made to his disciples. Faith is the way to all greatness, while lack of faith is the way to all bankruptcies.

True faith is an intimate experience, an intuitive comprehension and knowing, an invasion or outbreak of the divine world in man, like a vertical line that comes from unknown heights and goes to mysterious depths; faith is a direct contact between God and man, however inexplicable that contact may be. Everything before this faith is, as it were, horizontal, human. On this preliminary level, it is the man who acts and produces, but when this mysterious vertical line cuts across the horizontal, it is God who acts and produces, supposed that man has become receptive to this invasion of the divine world.

How often the naive wisdom of the simple man eclipses the proud science of the scholars! The wise man knows that he knows nothing - the ignorant ignore its own ignorance... It is always better to know your lack of knowledge to ignore your ignorance... We never learn better than when we are convinced that our knowledge is just a drop of water in the ocean of our ignorance...”

CELEBRA O TEU NATAL INTERIOR

Quantas vezes, meu amigo, celebrastes o Natal litúrgico de 25 de dezembro de cada ano junto aos teus familiares e amigos, ou em meio à multidão? 20, 30, 50 vezes em tua vida?

Foi um Natal verdadeiro - ou foi apenas um pseudo Natal?

Foi um Natal - ou foi o seu Natal?

Foi como um fogo pintado sobre tela deixado em um canto esquecido do museu - ou foi um fogo real, cheio de força, luz e calor dentro de ti mesmo?

Natal sem renovação interior não passa de ilusão e mentira...

Qual é o significado de um Natal onde não se concretize no interior de cada ser humano, a mística do primeiro mandamento, na prática ética do segundo?

Jesus nasceu há mais de 2000 anos, numa gruta em Belém - mas nasceu também na gruta de teu coração em forma de vivência crística?

Ainda que por mil vezes Jesus nasça em Belém - se não nascer dentro de teu coração, não te encontrastes contigo mesmo, e continuas perdido...

A árvore de Natal que costumas montar em tua casa é o símbolo inconsciente do teu pseudo Natal interior: árvore sem raízes, moribunda, ostentando lindos enfeites sem vida, inertes, com luzes que brilham para o nada - isso é que é a tua vida espiritual, como uma bolha de sabão... colorida por fora e vazia por dentro?

Por quanto tempo ainda pretendes “brincar de Natal” - sem celebrar um verdadeiro Natal, um dia de Natal desse Cristo interior, dentro de ti?

Porque toda essa camuflagem e insinceridade diante de ti mesmo?

Porque não colocar, finalmente, um caminho reto em todas as tortuosidades da tua vida?

Porque não colocas um ponto final a toda essa política e diplomacia curvilínea do teu egoísmo e ganância, e começas, finalmente, uma caminhada retilínea de absoluta verdade, honestidade, caridade e amor universal?

Quando vais permitir que desabroche em ti o Redentor - Ele, o Caminho, a Verdade e a Vida?

Não podes imaginar, meu amigo, o que viria a ser para ti esse Natal profano do ano litúrgico, se a partir de agora, celebrasses o teu Natal interior, da tua alma.

Não podes imaginar o que te diriam a gruta, a manjedoura, os anjos do céu e os pastores da terra, se em ti acontecesse o glorioso simbolizado de que esses fatos históricos são um símbolo distante e vago que permeia a sua profanidade.

Não podes imaginar a luz de compreensão se dentro de ti nascesse o Jesus do Sermão da Montanha, o Jesus da tua experiência íntima, do teu encontro pessoal com Deus.

Se Jesus fosse para ti, não apenas um artigo de fé profanamente vivido - mas uma estupenda realidade intensamente vivida.

Se Jesus vivesse em ti, se fostes vivido por Ele, como Paulo de Tarso afirmou: “Já não sou eu que vivo, mas o Cristo é que vive em mim” - que vida abundante seria a tua...

Não caberias em ti de tanta felicidade – e essa exuberante felicidade transbordaria de amor e benevolência para com todos os teus irmãos...

A própria Natureza receberia um reflexo desse transbordamento de amor e felicidade - e, como Francisco de Assis, ébrio de amor, irias contar e cantar as glórias divinas às pedras e às plantas, às aves e aos peixes, ao sol, à lua, e às estrelas...

Convidarias até a “irmã Morte” para entoar louvores ao Pai Celeste.

Se celebrasses o teu Natal dentro de ti, se essa Alma de Amor e da Vida nascesse em ti e em ti vivesse, tua vida seria uma gloriosa ressureição - os anjos da Páscoa e os anjos de Belém cantariam juntos, hosanas e aleluias, glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens, numa vida renovada, no homem crístico - mesmo por entre as sombras da morte.

Celebra o teu verdadeiro Natal, meu amigo – e saberás o que essa Alma de Amor e da Vida significa para ti e para todos os que a recebem e vivem nela...

Texto revisado e extraído em parte do livro Imperativos da Vida

CELEBRA TU NAVIDAD INTERIOR

¿Cuántas veces, amigo mío, has celebrado la Navidad litúrgica del 25 de diciembre de cada año con tu familia y amigos, o entre la multitud? 20, 30, 50 veces en tu vida?

¿Fue una verdadera Navidad, o fue solo una pseudo Navidad?

¿Fue una Navidad o fue tu Navidad?

¿Fue como un fuego pintado sobre lienzo dejado en un rincón olvidado del museo, o fue un fuego real, lleno de fuerza, luz y calor dentro de ti?

La Navidad sin renovación interior es solo ilusión y mentira ...

¿Cuál es el significado de una Navidad donde la mística del primer mandamiento, en la práctica ética del segundo, no se realiza dentro de cada ser humano?

Jesús nació hace más de 2000 años en una cueva en Belén, pero ¿también nació en la cueva de su corazón en la forma de la experiencia de Cristo?

Aunque Jesús nacido mil veces en Belén, si no nació dentro de su corazón, no te has encontrado contigo mismo y todavía estás perdido ...

El árbol de Navidad que generalmente instalas en tu hogar es el símbolo inconsciente de tu pseudo Navidad interior: un árbol sin raíces, muriendo, llevando hermosos adornos sin vida, inertes, con luces que brillan en la nada: esa es tu vida espiritual, ¿cómo una burbuja de jabón ... coloreada por fuera y vacía por dentro?

¿Cuánto tiempo todavía tiene la intención de "jugar a la Navidad", sin celebrar una verdadera Navidad, un día de Navidad de ese Cristo interior, dentro de usted?

¿Por qué todo este camuflaje y falta de sinceridad ante ti?

¿Por qué no finalmente poner un camino recto en todas las cosas tortuosas en tu vida?

¿Por qué no poner fin a toda esta política curvilínea y diplomacia de su egoísmo y codicia, y finalmente comenzar una línea recta de verdad absoluta, honestidad, caridad y amor universal?

¿Cuándo permitirás que el Redentor florezca en ti: Él, el Camino, ¿la Verdad y la Vida?

No te puedes imaginar, amigo mío, qué sería esta profana Navidad del año litúrgico para ti si de ahora en adelante celebraras la Navidad interior de tu alma.

No puedes imaginar lo que la cueva, el pesebre, los ángeles del cielo y los pastores de la tierra te dirían si en ti existiera el glorioso simbolizado de que estos hechos históricos son un símbolo distante y vago que impregna su blasfemia.

No puedes imaginar la luz de la comprensión si dentro de ti nació el Jesús del Sermón del Monte, el Jesús de tu experiencia íntima, de tu encuentro personal con Dios.

Si Jesús fuera para ti, no solo un artículo de fe profanamente vivido, sino una realidad estupenda intensamente vivida.

Si Jesús viviera en ti, si fueras vivido por Él, como dijo Pablo de Tarso: “Ya no soy yo quien vive, sino el Cristo que vive en mí”, qué vida tan abundante sería la tuya ...

No estarías tan feliz contigo mismo, y esa felicidad exuberante se desbordaría de amor y benevolencia hacia todos tus hermanos ...

La Naturaleza misma recibiría un reflejo de este amor y felicidad desbordantes y, como Francisco de Asís, ebrio de amor, contarías y cantarías las glorias divinas a las piedras y plantas, pájaros y peces, el sol, la luna y las estrellas ...

Incluso invitarías a “Hermana Muerte” a cantar alabanzas al Padre Celestial.

Si celebraras tu Navidad dentro de ti, si esa Alma de Amor y Vida naciera en ti y viviera, tu vida sería una resurrección gloriosa: los ángeles de Pascua y los ángeles de Belén cantarían juntos, hosanna y aleluya, gloria a Dios en las alturas, y en la tierra paz para los hombres, en una vida renovada, en el hombre de Cristo, incluso en las sombras de la muerte.

Celebra tu verdadera Navidad, amigo mío, y sabrás lo que esta Alma de Amor y Vida significa para ti y para todos los que la reciben y viven en ella ...

CELEBRATE YOUR INNER CHRISTMAS

How many times, my friend, have you celebrated the December 25 liturgical Christmas each year with your family and friends, or in the midst of the crowd? 20, 30, 50 times in your life?

Was it a true Christmas - or was it just a pseudo-Christmas?

Was it a Christmas - or was it your Christmas?

Was it like a fire painted on canvas left in a forgotten corner of the museum - or was it a real fire, full of strength, light and warmth within yourself?

Christmas without inner renewal is only illusion and lie ...

What is the meaning of a Christmas where the mystics of the first commandment, in the ethical practice of the second, is not realized within each human being?

Jesus was born more than 2000 years ago in a cave in Bethlehem - but was he also born in the cave of your heart in the form of Christlike experience?

Even if for a thousand times Jesus could be born in Bethlehem - if He is not born within your heart, you have not met with yourself, and you are still lost ...

The Christmas tree you usually set up in your home is the unconscious symbol of your pseudo inner Christmas: a rootless tree, dying, bearing beautiful lifeless ornaments, inert, with lights that shine into nothingness - that is your spiritual life, like a soap bubble ... coloured on the outside and empty on the inside?

For how long do you still intend to “play Christmas” - without celebrating a true Christmas, a Christmas Day of that inner Christ, within you?

Why all this camouflage and insincerity before yourself?

Why not finally put a straight path in all the torturous things in your life?

Why not put an end to all this curvilinear politics and diplomacy of your selfishness and greed, and finally begin a straight line of absolute truth, honesty, charity and universal love?

When will you allow the Redeemer to blossom in you - Him, the Way, the Truth, and the Life?

You cannot imagine, my friend, what this profane Christmas of the liturgical year would be for you if from now on you celebrated the inner Christmas of your soul.

You cannot imagine what the grotto, the manger, the angels of heaven and the shepherds of the earth would say to you if the glorious symbolized in which these historical facts are a distant and a vague symbol that permeates your profanity, awakens!

You cannot imagine the light of comprehension if within you were born the Jesus of the Sermon on the Mount, the Jesus of your intimate experience, of your personal encounter with God.

If Jesus were to you, not just a profanely lived article of faith - but a stupendously intensely lived reality.

If Jesus lived in you if you were lived by Him, as Paul of Tarsus said, “It is no longer I who live, but the Christ who lives in me” - what an abundant life would be yours ...

You would not be so happy with yourself - and that exuberant happiness would overflow with love and benevolence towards all your fellow humans ...

Nature itself would receive a reflection of this overflow of love and happiness - and, like Francis of Assisi, drunk on love, you would count and sing the divine glories to stones and plants, birds and fish, the sun, the moon, and the stars ...

You would even invite “Sister Death” to sing praises to the Heavenly Father.

If you celebrated your inner Christmas, if that Soul of Love and Life were born in you and lived, your life would be a glorious resurrection - the angels of Easter and the angels of Bethlehem would sing together, hosanna and hallelujah, glory to God in the highest, and on earth peace for men, in a renewed life, in the Christlike man - even in the shadows of death.

Celebrate your true Christmas, my friend - and you will know what this Soul of Love and Life means to you and to all who receive it and live in it ...

RENUNCIAR PARA POSSUIR, PERDER PARA GANHAR

Nada há que nos faça felizes como fazer felizes os outros, mesmo com o sacrifício sincero da nossa felicidade pessoal. Tentar fazer os outros felizes, esperando algo em troca, é negar a própria felicidade. A raiz da felicidade pessoal está no mundo ultra pessoal, que é o mundo da renúncia, do sacrifício, do altruísmo, do amor. Quem toma a felicidade pessoal como objeto direto dos seus esforços nunca a conseguirá. Aqui é "renunciar para possuir", "perder para ganhar", na linguagem profunda de Jesus.

A mais bela das caridades é semear e não se interessar pela colheita - para que os outros possam colher o que não semearam. Isto é o mais puro dos altruísmos.

Essa é mais uma das verdades paradoxais expressas no Evangelho, assim como a de quem mais dá, mais recebe! Que é uma realidade ainda muito distante do alcance do homem profano, perdido no que ele chama de complexidades da vida.

Albert Schweitzer, abdicou de todas as suas vantagens como homem erudito para se embrenhar na África afim de aliviar as dores de populações negras no povoado de Lambaréné no Gabão, expressando sabiamente que: "Não existem heróis da ação, mas sim heróis da renúncia e do sofrimento".

No entanto, para alcançar a compreensão dessas verdades, não se exige um esforço sobre humano... é o de apenas conhecer-se a si mesmo, e essa é a maior meta que o ser humano tem que atingir para sua autorrealização, e assim saborear as abundâncias de que a vida e a natureza, tem a oferecer.

RENUNCIAR PARA POSEER, PERDER PARA GANAR

No hay nada que nos haga felices como hacer felices a los demás, incluso con el sacrificio sincero de nuestra felicidad personal. Intentar hacer felices a los demás, esperando algo a cambio, es negar la propia felicidad. La raíz de la felicidad personal radica en el mundo ultra personal, que es el mundo de la renuncia, del sacrificio, del altruismo y del amor. El que toma la felicidad personal como un objeto directo de sus esfuerzos nunca la alcanzará. Aquí está "renunciar a poseer", "perder para ganar", en el lenguaje profundo de Jesús.

Lo más significativo en la caridad es sembrar y no estar interesado en la cosecha, para que otros puedan cosechar lo que no han sembrado. Este es el más puro del altruismo.

Esta es una de las verdades paradójicas expresadas en el Evangelio, ¡y el que da más, recibe más! Esa es una realidad aún lejos del alcance del hombre profano, perdido en lo que él llama las complejidades de la vida.

Albert Schweitzer ha renunciado a todas sus ventajas como hombre erudito para sumergirse en África con la finalidad de aliviar los dolores de las poblaciones negras en el pueblo de Lambaréné en Gabón, expresando sabiamente que: "No hay héroes de acción, sino héroes de renuncia y sufrimiento".

Mientras tanto, para alcanzar la comprensión de estas verdades, no requiere un esfuerzo sobrehumano ... es solo conocerse a sí mismo, y ese es el objetivo más grande que el ser humano tiene que alcanzar para su autorrealización, y así saborear la abundancia que la vida y la naturaleza tienen para ofrecer. 

RENOUNCE TO POSSESS, LOSE TO WIN

There is nothing that makes us happy like making others happy, even with the sincere sacrifice of our personal happiness. To try to make others happy, expecting something in return, is to deny one's own happiness. The root of personal happiness lies in the ultra-personal world, which is the world of renunciation, sacrifice, altruism, love. He who takes personal happiness as the direct object of his efforts will never achieve it. Here is “renounce to possess, lose to win,” in the profound language of Jesus.

The most rewarding charity is to sow and not be interested in the harvest - so that others may reap what they have not sown. This is the purest of altruism.

This is another one of the paradoxical truths expressed in the Gospel, as well as the one who gives more, receives more! That is a reality still far from the reach of the profane man, lost in what he calls the complexities of life.

Albert Schweitzer has given up all his advantages as a scholar to plunge into Africa to relieve the pains of black populations in the village of Lambaréné in Gabon, expressing wisely that: “There are no heroes of action, but heroes of renunciation and suffering”.

However, to reach the comprehension of these truths, it does not require a superhuman effort ... it is just to know oneself, and that is the greatest goal that the human being has to reach for his self-realization, and so to taste the abundances that life and nature has to offer.

A GRANDIOSA SAPIÊNCIA CÓSMICA DE JESUS

Há mais de 2000 anos que o cristianismo clerical anda de muletas, dos arranjos teológicos, servindo-se dos hábitos inveterados do paganismo e do judaísmo, em vez de abraçar totalmente a gloriosa e sábia mensagem de Jesus. As teologias do catolicismo injetaram o conteúdo divino dessas mensagens em modelos humanos impuros, que contaminaram o seu espírito puro. Por essa razão é que é chegado o tempo para que a humanidade chamada cristã se libere definitivamente desses transtornos teológicos, obsoletos e alheios, e a começar a caminhar na devida direção. O Evangelho de Jesus não necessita desses elementos pagãos e judaicos, dessas ideias absurdas de redenção por meio de complicados ritualismos mágicos, e nem da repugnante matança de inocentes animais.

A quintessência da mensagem de Jesus nada tem a ver com essas concepções heterogêneas; o Evangelho goza de perfeita autonomia espiritual, de perfeita maturidade e vigorosa saúde para caminhar por si mesmo. A essência do Evangelho se resume na experiência mística da presença de Deus e no seu transbordamento espontâneo em forma de vivência ética com todas as creaturas de Deus.

Quando o teólogo da sinagoga, quis saber qual era a coisa mais importante da vida humana, Jesus não falou em ritualismos sacramentais, nem em redenção pelo sangue, como os nossos teólogos ensinam, mas falou da experiência que o homem deve ter da presença de Deus e do quádruplo amor de Deus que o homem integral sente em si mesmo, quando conscientiza essa presença divina com a alma, a mente, o coração e com todas as forças do corpo.

Jesus descreve o homem integral, como alma, mente, coração e forças corporais. Se ele tivesse exigido apenas que o homem amasse a Deus com a alma, nós o teríamos achado normal. Mas o fato é que ele exige do homem que ame a Deus também com a mente, com o coração, e até com todas as forças vitais do corpo. Exige que o Reino de Deus se manifeste no homem total, que o Eu divino da alma atue como um fermento que leveda o ego humano, mental, emocional, corporal. Assim, Jesus supõe possível essa total permeação do ego mental-emocional-corporal pelo fator divino do Eu espiritual. Se o homem não conseguir essa total permeação de toda a sua natureza pela experiência mística do espírito de Deus, não cumpre o primeiro e o maior de todos os mandamentos.

Essa total permeação do ego humano pelo Eu divino supõe que o ego mental-emocional-corporal permita e prepare essa invasão, que o ego humano se deixe voluntariamente ser invadido pelo poder do espírito divino do Eu. Esse quádruplo amor a Deus poderia ser representado por duas linhas cruzadas, vertical e horizontal, onde na vertical estariam as palavras alma e corpo e na horizontal, coração e mente, designando, por assim dizer, os quatro pontos cardeais da natureza humana.

O que é isso senão auto-conhecimento e auto-realização, em linguagem de filosofia e psicologia modernas?

Para que a alma possa permear devidamente as outras propriedades sensoriais humanas, é indispensável que estas se esvaziem do seu conteúdo próprio; que a mente desista de seus pensamentos, que o coração se esvazie de qualquer desejo, e que o corpo suspenda todos os seus sentimentos pessoais; e que esse ego-esvaziamento receba a cristo-plenificação: que o homem estabeleça em si um grande vácuo, a abolição da sua ruidosa egoidade físico-mental-emocional. Só assim, pode a plenitude divina fluir livremente para dentro desta vacuidade humana. A Teo-plenitude só plenifica a ego-vacuidade.

Sem esses requisitos, é incompreensível e não se pode amar a Deus com toda a alma, com toda a mente, com todo o coração e com todas as forças.

O que fez Jesus nos 18 anos em Nazaré, de que os Evangelhos não falam? E o que ele fez nos 40 dias da sua solidão no deserto da Judéia? E o que ele fazia durante os três anos da sua vida pública, quando passava noites no cume dos montes ou no silêncio dos ermos? Ele simplesmente sintonizava a alma, a mente, o coração e o corpo com o espírito do Pai; conscientizava intensamente a presença real de Deus, que era para ele uma prática normal e fácil, e tão essencial que ele recomenda insistentemente a seus discípulos como sendo a verdadeira libertação do homem, o primeiro e maior de todos os mandamentos, a única coisa necessária.

Diante disto, é lastimável que as igrejas cristãs recorram ainda a empréstimos ao paganismo ritualista e mendiguem favores ao judaísmo sanguinário. Fazem crer à cristandade que Jesus tenha recomendado estas práticas obsoletas, há muito tempo superadas.

As teologias não se envergonham de mendigar esses elementos estranhos de outras ideologias, como se o Cristianismo não possuísse riquezas infinitamente superiores a tudo isso e não tivesse a sua própria identidade com autonomia espiritual: o auto-conhecimento pela mística divina e a auto-realização pela ética humana, “em que consistem toda a lei e os profetas.”

Causa espanto e estranheza essa postura ainda arcaica, que se baseia ou na ignorância dos líderes espirituais, ou na baixeza com que eles forçam seus adeptos a essas tradições antigas, como se fosse a verdadeira herança espiritual da mensagem do Evangelho.

Quando terá o chamado cristianismo clerical a decência de aceitar as palavras de Jesus: “Não chameis a ninguém, sobre a face da terra, vosso Pai, vosso guia, vosso mestre - porque um só é vosso Pai, vosso guia, vosso mestre.”

Texto extraído do livro O Drama Milenar do CRISTO e do ANTI-CRISTO

LA GRAN SAPIENCIA CÓSMICA DE JESÚS

Durante más de 2000 años, el cristianismo clerical ha estado en muletas, utilizando los hábitos inveterados del paganismo y el judaísmo, arreglos teológicos, en lugar de abrazar por completo el glorioso y sabio mensaje de Jesús. Las teologías católicas han inyectado el contenido divino de estos mensajes en modelos humanos impuros que han contaminado su espíritu puro. Es por eso que ha llegado el momento de que la llamada humanidad cristiana se libere definitivamente de estos desordenes teológicos obsoletos y extraños y comience a moverse en la dirección correcta. El Evangelio de Jesús no necesita estos elementos paganos y judíos, estas ideas absurdas de la redención a través de complicados rituales mágicos, ni la repugnante matanza de animales inocentes.

La quintaesencia del mensaje de Jesús no tiene nada que ver con estas concepciones heterogéneas; el Evangelio goza de una autonomía espiritual perfecta, una madurez perfecta y una salud vigorosa para caminar por sí mismo. La esencia del Evangelio se resume en la experiencia mística de la presencia de Dios y su desbordamiento espontáneo en forma de vivencia ética con todas las criaturas de Dios.

Cuando el teólogo de la sinagoga quería saber qué era lo más importante en la vida humana, Jesús no habló del ritualismo sacramental o la redención por lo sangre, como enseñan nuestros teólogos, sino que habló de la experiencia del hombre de la presencia de Dios y del cuádruple amor a Dios que todo el hombre siente en sí mismo al darse cuenta de esta presencia divina con su alma, mente, corazón y todas las fuerzas del cuerpo.

Jesús describe al hombre integral como las fuerzas del alma, mente, corazón y cuerpo. Si solo hubiera exigido que el hombre amara a Dios con su alma, lo habríamos encontrado normal. Pero el hecho es que él exige que el hombre ame a Dios también con la mente, el corazón e incluso con todas las fuerzas vitales del cuerpo. Requiere que el Reino de Dios se manifieste en el hombre total, que el Yo esencial divino del alma actúe como una levadura que levante el ego humano, mental, emocional y corporal. Por lo tanto, Jesús supone posible esta permeación total del ego mental-emocional-corporal por el factor divino del Yo esencial espiritual. Si el hombre no puede lograr esta plena penetración de toda su naturaleza a través de la experiencia mística del espíritu de Dios, no cumple el primero y el más grande de todos los mandamientos.

Esta penetración total del ego humano por el Yo esencial divino supone que el ego mental-emocional-corporal permite y prepara esta invasión, que el ego humano se deja invadir voluntariamente por el poder del espíritu divino del Yo esencial. Este cuádruple amor a Dios podría estar representado por dos líneas cruzadas, vertical y horizontal, donde verticalmente estarían las palabras alma y cuerpo y horizontalmente, corazón y mente, designando, por así decir, los cuatro puntos cardinales de la naturaleza humana.

¿Qué es esto sino autoconocimiento y autorrealización en el lenguaje de la filosofía y la psicología modernas?

Para que el alma permee adecuadamente las otras propiedades sensoriales humanas, es indispensable que se vacíen de su propio contenido; deja que la mente abandone sus pensamientos, deja que el corazón se vacíe de cualquier deseo y deja que el cuerpo suspenda todos sus sentimientos personales; y que este auto vaciamiento reciba la plenitud de Cristo: dejar que el hombre establezca en sí mismo un gran vacío, la abolición de su ruidoso egoísmo físico-mental-emocional. Solo de esta manera puede la plenitud divina fluir libremente en este vacío humano. El vacío del ego solo si completa con la Teo-plenitud.

Sin estos requisitos, es incomprensible y no se puede amar a Dios con toda el alma, la mente, el corazón y la fuerza.

¿Qué hizo Jesús en sus 18 años en Nazaret, de los cuales los Evangelios no hablan? ¿Y qué hizo en los 40 días de su soledad en el desierto de Judea? ¿Y qué hizo durante los tres años de su vida pública, cuando pasó noches en la cima de las colinas o en el silencio del desierto? Simplemente sintonizó el alma, la mente, el corazón y el cuerpo con el espíritu del Padre; estaba intensamente consciente de la presencia real de Dios, que era una práctica normal y fácil para él, y tan esencial que instó a sus discípulos como siendo la verdadera liberación del hombre, el primer y más grande de todos los mandamientos, lo único que se necesita.

Ante esto, es desafortunado que las iglesias cristianas aún recurran a los préstamos del paganismo ritualista y pidiendo favores al judaísmo sediento de sangre. Hacen creer a la cristiandad que Jesús recomendó estas prácticas obsoletas, hace mucho superadas.

Las teologías no se avergüenzan de rogar estos extraños elementos de otras ideologías, como si el cristianismo no poseyera riquezas infinitamente superiores a todo esto y careciera de su propia identidad con autonomía espiritual: autoconocimiento a través de la mística divina y autorrealización a través de la ética humana “en la que consisten toda la ley y los profetas”.

Es sorprendente y extraño que esta postura aún arcaica, que se basa en la ignorancia de los líderes espirituales o en la bajeza con la que obligan a sus adherentes a estas antiguas tradiciones, como si fuera la verdadera herencia espiritual del mensaje del Evangelio.

Cuando el llamado cristianismo clerical tendrá la decencia de aceptar las palabras de Jesús: “No llames a nadie sobre la faz de la tierra tu Padre, tu guía, tu maestro, porque uno es tu Padre, tu guía, tu maestro”. 

THE GREAT COSMIC WISDOM OF JESUS

For more than 2000 years clerical Christianity has been on crutches, using the inveterate habits of paganism and Judaism, of theological arrangements, rather than fully embracing the glorious and wise message of Jesus. Catholic theologies have injected the divine content of these messages into impure human models that have contaminated its pure spirit. That is why the time has come for the so-called Christian humanity to free itself definitively from these obsolete and alien theological disorders and to begin to move in the right direction. The Gospel of Jesus does not need these pagan and Jewish elements, these absurd ideas of redemption through complicated magical ritualism, nor the disgusting killings of innocent animals.

The quintessence of Jesus' message has nothing to do with these heterogeneous conceptions; the Gospel enjoys perfect spiritual autonomy, perfect maturity, and vigorous health to walk on its own. The essence of the Gospel is summed up in the mystical experience of God's presence and its spontaneous overflow in the form of ethical living with all God's creatures.

When the synagogue theologian wanted to know what was the most important thing in human life, Jesus did not speak of sacramental ritualism or blood redemption, as our theologians teach but spoke of the experience that man must-have of the presence of God and the fourfold love of God that the integral man feels in himself when he becomes aware of this divine presence with his soul, mind, heart and all the forces of the body.

Jesus describes the integral man as soul, mind, heart and body forces. If he had only demanded that man love God with his soul, we would have found him normal. But the fact is that he demands of man to love God also with the mind, the heart, and even with all the vital forces of the body. It requires that the Kingdom of God be manifested totally in man, that the divine Self of the soul acts as a leaven leavening the human, mental, emotional, bodily ego. Thus, Jesus assumes possible this total permeation of the mental-emotional-bodily ego by the divine factor of the spiritual Self. If a man cannot achieve this full permeation of his whole nature through the mystical experience of the spirit of God, he does not fulfil the first and greatest of all commandments.

This total permeation of the human ego by the divine Self supposes that the mental-emotional-bodily ego permits and prepares this invasion, that the human ego voluntarily allows itself to be invaded by the power of the divine spirit of the Self. This fourfold love for God could be represented by two crossed lines, vertical and horizontal, where vertically would be the words soul and body and horizontally, heart and mind, designating, so to speak, the four cardinal points of human nature.

What is this but self-knowledge and self-realization in the language of modern philosophy and psychology?

For the soul to properly permeate the other human sensory properties, it is indispensable that they be emptied of their own content; let the mind give up its thoughts, let the heart empty itself of any desire and let the body suspend all its personal feelings, and let this ego-emptying receive the Christ-fullness: that man establishes in himself a great vacuum, the abolition of his noisy physical-mental-emotional egoism. Only in this way can divine plenitude flow freely into this human emptiness. Theo-fullness only plenifies ego-emptiness.

Without these requirements, it is incomprehensible and one cannot love God with all one's soul, one's mind, one's heart and one's strength.

What did Jesus do in his 18 years in Nazareth, of which the Gospels do not speak? And what did he do in the 40 days of his loneliness in the wilderness of Judea? And what did he do during the three years of his public life, when he spent nights at the top of the hills or in the silence of the wilderness? He simply attuned the soul, mind, heart and body to the spirit of the Father; he was intensely aware of the real presence of God, which was normal and easy practice for him, and so essential that he urged his disciples as the true liberation of man, the first and greatest of all commandments, the only thing needed.

Given this, it is unfortunate that the Christian churches still resort to borrowing from ritualistic paganism and begging for bloodthirsty Judaism. They make Christendom believe that Jesus recommended these obsolete practices, long surpassed.

Theologies are not ashamed to beg these strange elements from other ideologies, as if Christianity did not possess riches infinitely superior to all this and lacked its own identity with spiritual autonomy: self-knowledge by divine mysticism and self-realization by human ethics, “in which all the law and the prophets consist.”

It causes amazement and strangeness that this still archaic posture, which is based either on the ignorance of spiritual leaders, or on the lowness with which they force their adherents to these ancient traditions, as if it were the true spiritual heritage of the Gospel’s message.

When the so-called clerical Christianity will have the decency to accept the words of Jesus: “Call no one upon the face of the earth your Father your guide, your teacher - for one is your Father, your guide, your master.”

PEREGRINANDO EM DIREÇÃO À LUZ

Com a seta do caminho apontada em direção permanente a Deus, no novo ano que se aproxima, deixa que o teu coração voe, além do horizonte, nas azas da música sublime que verte do Céu à Terra, afim de seres conduzido da Terra ao Céu...

Ouve os poemas de eterna beleza, em cuja exaltação da harmonia tudo é gloriosa ascensão.

Nesse êxtase às esferas do Infinito, o silêncio será criação excelsa em tua alma, a lágrima será soberana alegria e a dor será teu cântico.

Escuta e segue na chama do pensamento que transpõe a rota dos mundos, associando tuas preces de jubilosa esperança ao brilho das estrelas!...

Não te detenhas.

Cede à caridosa influência da melodia que te leve longe da sombra, para que a luz te purifique, pois a música que te eleva a emoção e te abre a grandeza da vida, significa, entre os homens, a mensagem permanente de Deus. Emmanuel

PEREGRINACIÓN HACIA LA LUZ

Con la flecha del camino apuntando permanentemente hacia Dios, en el nuevo año que se acerca, deja volar tu corazón, más allá del horizonte, en las alas de la música sublime que fluye del Cielo a la Tierra, para ser conducido de la Tierra al Cielo. ...

Escuche los poemas de la eterna belleza, en cuya exaltación de armonía todo es gloriosa ascensión.

En ese éxtasis a las esferas del Infinito, el silencio será una creación exaltada en tu alma, las lágrimas serán la alegría soberana y el dolor será tu canción.

¡Escuchen y sigan la llama del pensamiento que cruza la ruta de los mundos, asociando sus oraciones de alegre esperanza con el brillo de las estrellas! ...

No te detengas.

Ríndete a la influencia caritativa de la melodía que te aleja de la sombra, para que la luz te purifique, pues la música que eleva tu emoción y te abre a la grandeza de la vida, significa, entre los hombres, el mensaje permanente de Dios. Emmanuel

PILGRIMAGE TOWARDS LIGHT

With the arrow of the path pointed permanently towards God, in the new year that is approaching, let your heart fly, beyond the horizon, in the wings of sublime music that flows from Heaven to Earth, to be led from Earth to Heaven ...

Hear the poems of eternal beauty, in whose exaltation of harmony everything is glorious ascension.

In that ecstasy to the spheres of the Infinite, silence will be an exalted creation in your soul, tears will be sovereign joy and pain will be your song.

Listen and follow in the flame of thought that crosses the route of the worlds, associating your prayers of joyful hope with the brightness of the stars! ...

Do not detain yourself.

Give in to the charitable influence of the melody that takes you away from the shadow, so that the light can purify you, for the music that elevates your emotion and opens you to the greatness of life, means, among men, the permanent message of God. Emmanuel