A DECADÊNCIA DO CRISTIANISMO E O TRIUNFO DA ÉTICA DE JESUS

--- "Religião é ópio para o povo." (Lenine)

--- "Podeis destruir todas as igrejas da Rússia, mas sempre haverá uma igreja na alma de cada camponês." (Stalin)

--- "Toda alma humana é crística por sua própria natureza." (Tertuliano)

--- "Eu aceito Jesus e seu Evangelho – mas eu não aceito o vosso cristianismo." (Mahatma Gandhi)

--- "Quem foi vacinado com o soro da nossa teologia cristã está imunizado contra o espírito de Jesus." (Albert Schweitzer)

--- "Se Jesus voltasse ao mundo em nossos dias, a primeira proclamação que faria aos homens, seria essa: Cristãos de todas as igrejas, sabeis que eu não sou cristão." (Nietzsche)

Os homens sensatos cada vez mais se convencem de que há uma diferença enorme entre a mensagem de Jesus e o cristianismo eclesiástico, entre a cristicidade daquele que compartilha da essência do Cristo e o seu Evangelho na vida - e o cristianismo das igrejas.

A cristicidade genuína da mística das catacumbas e do martírio no Coliseu, durou três séculos, do ano 33 até 313, quando Constantino Magno fundou o cristianismo teológico, baseado em política, dinheiro e armas. Do século IV até o século XVI a Europa foi toda dominada pelo cristianismo eclesiástico, que conseguiu manter-se graças ao poder das fogueiras da Inquisição, pois todo aquele que se levantasse contra a tirania da igreja eclesiástica, era imolado.

Já no século XVI, grande parte da cristandade europeia substituiu o cristianismo eclesiástico pelo cristianismo bíblico - mas não retornou à cristicidade do Cristo e nos dias atuais, muitos países da Europa deixaram de aceitar o cristianismo tradicional; alguns ainda o toleram por conveniência social, mas não há entusiasmo por nenhuma teologia.

No princípio do século XX, o ocidente cristão foi invadido pela filosofia do oriente, sobretudo da Índia; o desengano ao cristianismo teológico hipócrita e uma fome de experiência mística individual e profunda dominam os que buscam a verdadeira espiritualidade. A mística oriental nos forneceu a chave para abrirmos a mística do Evangelho.

--- Radhakrishnan, o antigo vice-presidente da Índia, escreveu: "A religião da humanidade do futuro será a mística."

O homem espiritual cada vez mais se convence que o cristianismo tradicional é uma organização internacional, político-financeira - ao passo que a mensagem de Jesus é uma experiência individual, o reino dos céus no homem, um tesouro oculto, que deve ser revelado; uma luz debaixo do velador, que deve ser colocada no alto do candelabro; uma pedra preciosa no fundo do mar que deve ser trazida à superfície, pois a mensagem de Jesus não se baseia na liturgia dos sacramentos nem na veneração dos santos.

O erro mais grave do cristianismo é que ele transformou Jesus em uma exceção, em vez de um exemplo a seguir. Jesus veio para indicar o caminho para a descoberta do Deus interior no homem; caminho que leva a um processo gradual de iniciação e evolução espiritual até que seja alcançado o mais alto estado de consciência.

--- "Eu não tenho nenhuma religião - escreveu Einstein - mas sou um homem profundamente religioso, porque vejo um Poder Supremo em todas as coisas do Universo."

As potências do inferno não prevalecerão contra a alma do Evangelho, contra a cristicidade de Jesus – mas com certeza, todas as formas de cristianismo estão em crise.

Este é o drama milenar do Cristo e do anticristo ...

Texto revisado e em parte extraído do livro O Drama Milenar do Cristo e do Anticristo