Tudo pode me acontecer, tanto a felicidade, como a infelicidade. Felicidade e infelicidade não são produtos de circunstâncias externas, mas sim, creação do meu ser interno, de mim mesmo; nascem das profundezas do meu centro cósmico, divino, eterno. Queixar-se de injustiças alheias é pura cegueira e ignorância; porque ninguém pode me fazer mal a não ser eu mesmo, pelo abuso do meu livre-arbítrio. O meu livre-arbítrio é a chave para o meu céu e para o meu inferno, para o ser-feliz e para o ser-infeliz - ou seja, é a onipotência divina em mim.
Eu habito um castelo impugnável, pois as portas do meu castelo encantado não abrem pelo lado de fora - só abrem pelo lado de dentro. Se eu abrir as portas desse castelo e for invadido pelo inimigo - de quem é a culpa?
Eu sou o comandante do meu barco; eu sou o capitão da minha alma...
Circunstâncias externas podem, sem dúvida, facilitar ou dificultar o uso de meu livre-arbítrio - mas nunca o podem forçar nem impedir; em última analise, eu sou o autor da minha vitória ou da minha derrota. O meu livre-arbítrio é a onipotência de Deus em mim. No âmbito do meu livre-arbítrio cessa a lei da causalidade automática, onde os eventos se relacionam e surgem, da influência da causa sobre o efeito, ou do modo de operar de uma causa, como por exemplo, os fenômenos da Natureza, de cujos efeitos o homem encontra dificuldades em controlar. Mas no âmbito do livre-arbítrio humano impera a causalidade espontânea da “gloriosa liberdade dos filhos de Deus”. No plano da causalidade, como bem diz a ciência, nada se crea e nada se aniquila, tudo se transforma; mas no contexto da liberdade algo se crea e algo se aniquila; aí o homem é realmente autor de algo antes inexistente, ou destruidor de algo existente.
Texto revisado, extraído do livro Roteiro Cósmico
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