Quanto mais alguém se aproxima do grande Centro Cósmico, tanto mais se aproxima ao mesmo tempo de seus companheiros de peregrinação que seguem o caminho do evolver espiritual. É este o glorioso mistério da "comunhão dos santos", do credo apostólico dos profetas modernos. O homem espiritual parece trilhar caminhos solitários, veredas secretas à margem da vida, longe da massa dos profanos e dos barulhentos; mas na verdade, ninguém vive mais intensamente na sociedade, e em melhor companhia, do que o homem iniciado, o santo, o místico, o vidente do reino de Deus.
Vigora entre todos os peregrinos ao Mais Alto uma simpatia cósmica, uma telepatia espiritual, uma misteriosa simbiose divina, que, consciente, ou inconscientemente, os irmana todos numa fraternidade universal.
Não existe verdadeira sociedade entre os profanos e os maus, porque todo egoísmo desassocia, desintegra, fragmenta, é centrífugo, caótico. Todo egoísta quer ser um sol por si, e não tolera ser um planeta em companhia de outros planetas. O altruísta, porém, o cultor do amor, conhece e reconhece a centralidade do grande Sol divino, e sente-se feliz em poder gravitar em torno do astro central em companhia de outros planetas.
A paternidade de Deus tem como resultado imediato a fraternidade dos homens.
A lei do egoísta é caos, desordem.
A lei do altruísta é Cosmos, ordem, harmonia.
Texto revisado, extraído do livro Profanos e Iniciados
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