O livro, A ARTE DE CURAR PELO ESPÍRITO é baseado na experiência pessoal de Joel Solomon Goldsmith (1892-19640), um místico norte americano moderno, professor, autor de textos espirituais, e muitos anos de prática na cura espiritual. Junto com outros livros sobre o assunto, Goldsmith revela os princípios espirituais que são o fundamento para a cura espiritual. Ele alterna instruções com meditações para demonstrar sua convicção de que, uma vez que a saúde física é uma manifestação da consciência, o bem-estar físico é o resultado normal quando se atinge a união consciente com Deus. Esse livro, completo nos objetivos e singular na abordagem, traz uma explicação simples e direta de um assunto que para muitos é misterioso e complexo.
Goldsmith acredita que o mundo precisa de pessoas que, por devoção a Deus, estejam tão repletas do Espírito que possam ser instrumentos através dos quais as curas ocorrem, dizendo que: “Quem quer que leia este livro, estará pronto para aceitar a responsabilidade de começar a curar. Não é a sua espiritualidade ou a minha, nem é seu entendimento ou o meu que irão curar alguém. É a nossa compreensão de Deus no silêncio, que nos torna receptivos.”
Esse livro é um desafio para tudo que envolve o comportamento do ego tirânico e um convite para as grandezas do Eu divino no homem. É uma autêntica revolução – a serviço de uma grande evolução.
Abaixo, no capítulo UMA NOVA CONCEPÇÃO DE SUPRIMENTO, Goldsmith aborda a necessidade da conscientização da presença divina no homem, já que essa é a única maneira de se ter algo, sem passar por sofrimentos, onde tudo fluirá gratuitamente e em abundância para esse homem pleno de Deus.
“Se Deus é a substância acima de todas as formas, como poderias tu aumentar a forma? Será que Deus é a substância de formas limitadas? Não, a forma já é infinita, assim como infinita é a substância que produziu a forma. O segredo está em que reconheças que Deus é onipresente – mais do que isto, que Deus é a própria Onipresença, a presença do teu próprio ser, e, portanto, a presença do Infinito. A tua conscientização dessa presença do Infinito revela o Infinito como abundância lá onde havia carência.
Tudo que aparece visível é feito da substância do Invisível e é infinito. Assim, por exemplo, não há nenhuma possibilidade de incrementar as tuas colheitas, o teu dinheiro, os teus latifúndios, ou outra coisa qualquer, por meio daquilo que o mundo denomina oração. Não há nenhuma oração miraculosa que faça sair um coelhinho de dentro de um chapéu. Ninguém o pode fazer, a não ser que o coelhinho já estivesse lá anteriormente. Não há tal coisa como incremento ou diminuição – existe tão-somente a Infinita Realidade que se expressa, deste ou daquele modo. Se tu não és um recebedor da Infinita Plenitude não é porque a Infinita Plenitude esteja ausente – mas é porque te falta a consciência da Infinita Plenitude.
Muitos dos assim chamados metafísicos tentam demonstrar formas do Bem, como se tivesse havido um tempo em que essas formas existissem independente e separadamente do próprio Bem. Na proporção que a Teo-consciência se revela aparece essa presença do Bem na forma em que esse momento na vida requer – muitas vezes de modo miraculoso.
Através da Bíblia, desde o Gênesis até ao Apocalipse, aparece e reaparece esse milagre. Todo profeta, santo, vidente ou sábio sentiu a presença de Deus e nessa Presença, viveu conscientemente protegido, seguro e alimentado, e com todas as necessidades garantidas. Mas será que nos tempos bíblicos todo homem experimentava esses efeitos? Será que em nossos tempos todos se sentem assim amparados? A quem acontecia isto, a quem acontece, e a quem acontecerá? Acontece àqueles que têm a nítida consciência da presença de Deus, aqueles que vivem, se movem e têm o seu ser conscientemente em Deus. Jesus não podia multiplicar pão e peixe; Ele só podia realizar uma coisa, realizar a consciência da presença do Pai no seu interior, e essa sua consciência da presença do Pai se manifestou externamente como pão e peixe multiplicados, como a cura de doentes e como a ressurreição de mortos.
Se o homem aprender a ceder o seu poder mental – se desistir de querer manufaturar algo com a verdade, procurando fazer da mente uma usina elétrica – se tornar quieto e receptivo até que o Verbo comece a fluir, saberá o que quer dizer harmonia e infinita plenitude.
Milagres acontecem quando a mente cessa de se agitar, quando desiste de querer crear algo, de querer multiplicar, de querer curar, salvar ou redimir! Quando a mente relaxa, ela compreende que a Infinita Realidade de Deus é o único Eu Sou, e que as formas em que Deus se revela não podem deixar de ser infinitas. Deste modo, os céus proclamam a glória de Deus, revelando a sua beleza e plenitude; e a terra testifica as maravilhas da grandeza de Deus, inesgotável em forma, variedade, cores, perfumes e multitude.
A medida de Deus é sem-medida, e no momento em que o homem tenta produzir maçãs, em que tenta construir um lar, saúde, riquezas, ele desce à finitude. Mas, se ele conscientizar a presença de Deus e viver essa Presença, a infinitude aparece em infinitas formas do Bem. A presença de Deus não crea esta ou aquela forma de harmonia – a presença de Deus é em si mesma a forma de todo o Bem.
Assim sendo, o auxilio material se tornará visível somente na medida em que o homem amar o seu semelhante – distribuir amor, perdão, oferecer colaboração, solidariedade – em doar sempre sem jamais esperar recompensa! Somente um materialista insensível dá para receber em retribuição. A verdadeira Luz espiritual distribui da plenitude de um coração repleto de dedicação, sem pensar em correspondência. Prêmio – para quê? Deus é o nosso prêmio!
Compreender este conceito significa compreender a base mais importante, a da auto-realização. O estado da consciência em face da verdade é que determina o suprimento – não algum Deus, não algum Cristo, não algum Espírito que habite em algum lugar! Decisivo é tão-somente a consciência, o grau de conscientização desenvolvida.
Texto revisado extraído do livro A ARTE DE CURAR PELO ESPÍRITO
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